Fazer rir descrevendo a pior faceta dos outros, eu considero uma arte. Até o fim de semana me considerava quase uma mestra, pelo menos uma Tarsila do Amaral. (Tem colega que torce o nariz, mas eu gosto do trabalho dela! Não me gasto tentando complexidades. Mas isso é outro assunto!) Para quem não nos conhece é completamente sem sentido: treme-bico, B1 e B2? São codinomes para os colegas da banda podre, os outros! Nossos dias de trabalho, em resumo, são toleráveis e não seremos condenados por assassinato porque conseguimos rir. A estrutura, a organização pública, é leve e pesada. Estimula a inoperância, as vaidades, a superficialidade, mas, acima e além, seja lá o que se faça, o salário é depositado e ninguém perde o emprego porque faltou, deixou de fazer, fez mal feito ... Esse é o peso! A leveza é poder o olhar para o “chefe” e saber que esse cargo de fato não tem valor! Nossas concessões são políticas ou sociais, não são uma questão de sobrevivência. Vamos para a reunião, ouvir besteiras e transformá-las em piadas. O que segue depois é previsível: A palhaça que está na chefia ficará feliz por ter presidido a reunião. Terá a sensação de dia ganho. Pegará a bolsa e voltará para casa. Paz na terra para os que ficam. Cada um vai fazer o que gosta e como bem entende! Ai está a leveza.
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