sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Transbordando



Mas não de felicidade...

Ao tentar entrar em uma calça jeans veio o sinal de alerta.
Transbordei. Além do cós havia pedaços de mim, pulando para fora dos limites da calça...
Puxei pela memória. Qual foi a última vez que usei calça?
Dezembro? Finzinho de novembro, talvez...
Não lembrei com exatidão, mas ficou numa faixa de quase 3 meses...
Surpresa! Quase 3 meses de vestidos e saias!  
Tempo suficiente para ganhar um cinturão nada elegante...

Se não tiver solução logo, vou começar a procurar informações especializadas. E pelo visto, referências não faltam...

O Tempo deve mesmo ter essa cara!


Outra diferença que eu não gostei de admitir: o tempo não é o mesmo...
Se, há anos os desmandos são  semelhantes e agora  houve consequências...
É triste concluir: o tempo passa e o corpo não responde do mesmo jeito...
A gente não se movimenta mais com a mesma frequência e intensidade...
Aos poucos, bem lentamente - imperceptível - a mudança acontece.
Somos os mesmo, só que não!

Não foram apenas chinelos...

Resultado de imagem para palha italiana
Meus amores de verão foram vários (Não, para esse tipo de amor desconheço fidelidade!)
Alguns foram amores bandidos que agora me fazem pagar caro pelos carinhos concedidos...
(É, eu sei... tá ficando estranho!)
O caso é que durante o verão me entreguei loucamente às comidinhas fáceis. Foi o verão da palha italiana, do sorvete de baunilha com bolo, das pizzas gigantes com cinco sabores...
Qual a diferença? Os itens não são novos, a frequência de consumo sim.



Eu!

Gorilla Ou eu iniciando dieta...
 Comendo a salada que me cabe,
 nesse grande restaurante a kilo que é o mundo!

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Uma história de amor que chega ao fim

Resultado de imagem para havaianas flat


Previsível fim. Com data e hora marcadas. Termina dia 02 de março, às 6:45 meu tardio e intenso caso de amor com os chinelos de dedo.
Depois de décadas reclamando do desconforto causado por tipo de chinelo, experimentei as flats. Se alguém tivesse me indicado, duvidaria...
Só comprei dois pares porque elas apareceram mais baratas (Comprei por 12,00) e bonitinhas.
Comecei a usar durante uma tarde e... de noite ainda estava com elas. Nada de peso no pé, nada de assadura entre os dedos. Nenhuma vontade de jogar longe e ficar descalça. Esqueci que estava de chinelo.
Depois de um fim de semana inteiro só de chinelinho, voltei no mercado e comprei mais duas! Durante janeiro e fevereiro, acho que só usei outro tipo de calçado umas cinco vezes. Trabalhei, fiz compras, fui ao cinema, fiz de um tudo sempre de chinelos...
Mas, como dizia minha avó... não há bem que sempre dure (nem mal que nunca se acabe)!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Sororidade é diversão! (Parte II)



Se a Bela-Orca teve momentos de iluminação, ela que resolva seus problemas com as colegas. O máximo que as amigas conseguiram foi associar o termo com as comunidades gregas que aparecem em filmes classe c. Espírito-de-Luz, por exemplo, revoltou-se: Já não basta Halloween!?!?!
Ficamos com cara de Oi? Ãh?
Ela se explicou com um discurso patriótico entusiasmado: temos copiar isso também? Agora vai ter casa alfa-pi-zeta-aqui? 
Irmandade, fraternidade, sororidade, best-friends-for-ever, cada um entendeu como bem quis!

Sororidade é diversão! (Parte I)

E nós não temos o que fazer. E tão pouco queremos procurar, porque já diz o ditado: quem procura acha! Em conversas sobre amenidades e breves passeios foi-se a tarde. De um modo ou de outro, (Sabe-se lá, qual era a intenção!) o assunto predominante foi sororidade e não sei quem é mais criativa nas interpretações. No final, acabei achando que a Bela-Orca tinha bebido demais no feriado (ou batido com a cabeça durante as atividades domésticas). Confirmando o dito popular - de onde menos se espera, às vezes sai algo -  a criatura se revelou uma feminista! Bem, ao menos no discurso. No café, fez um bom arrazoado sobre a imagem feminina nas histórias infantis. Terminou invocando Maleficient. Na análise dela, o filme Malévola tem mensagem truncada de sororidade. Não vou questionar se tem fundamento ou não. Hoje essa mulher alcançou níveis de raciocínio que eu julgava impossíveis para ela. Então vamos deixar assim:  sororidade teria mudado a história de Malévola!
Resultado de imagem para maleficent


De volta ao passado

Quando retornei do bar e vi todo aquele conjunto de papel roxo pregado num dos murais consegui entender o comentário da colega: não valia o lumi paper!

Lembrei de uma lista de material escolar (Primeira série!) que pedia duas embalagens disso:

Não sei se ainda é caro como antes, mas na época custou mais do que o pacote de 500 folhas de A4 branco + canetinhas + lápis de cor!!!
Juro,  pensei que a professora tinha um projeto de arte magnífico para executar com as crias! Na minha cabeça, só algo assim poderia justificar tamanho investimento. 
Acabamos recebendo, a cada semana, pedaços desse pequeno tesouro de papelaria, devidamente cortado em bilhetes! Sim, a professora usava para fazer bilhetinhos impressos, recortados com tesoura de fio ondulado. Só isso.

Quem não gosta?


É quase como chocolate! Só um ou outro não gosta de adivinha! O apelo à sororidade virou adivinhação. Na falta do que fazer e provavelmente porque ninguém fez coisa muito memorável no carnaval  (Parece que todo mundo resolveu fazer mega faxina, tipo por ordem na casa para o ano que começa!)... por um motivo e outro os cartazes A4, colados em vários pontos do prédio, fizerem sucesso. Todo mundo (Oui, moi aussi!) resolveu dar palpite sobre o que, quem, por que e como...
Teve o grupo do "Sei o que é e não me interessa". Estavam mais a fim de comentar a qualidade da campanha e acabaram dominando a conversa (e despertando memórias de um tempo muito remoto).
A conclusão foi a seguinte: trabalho tosco, que não valeu o lumipaper onde foi impresso, com mensagem vaga e descartável.
Conclusão: que o pessoal da limpeza arrancasse os papeis que não estavam nos murais.
Ordem dada missão missão cumprida. Como colegiais faceiras com uma tarefa nova e cheias de sororidade, as moças da limpeza tiraram todos os cartazes colados a esmo. Acabaram todos pregados de qualquer jeito nos murais de entrada! 

Palavrinha nova: sororidade

Com a aproximação do oito de março e o final do carnaval no calendário - infindável de outros modos - as pessoas aqui ficaram mais críticas, mais cientes do exercício da cidadania, mais politizadas e cheias de espírito combativo - no bom sentido. SQN!
Assim sendo, apareceram pelas paredes cartazes bem artesanais - puro estilo vintage - nos conclamando para exercer sororidade.
Bem engraçado! Boa parte sequer sabe do que se trata e achou que era um tipo de caridade.
Primeiro achei estranho, depois uma luzinha piscou na minha memória ...
Fui ver na internet, a frase é muuuuito usada. Entendi porque um grupinho apostou que era coisa de igreja...


sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Reconhecendo limites

Pois, é! Aparentemente até cachorro faz selfie melhor que eu! Desisto. 
Vou esperar alguém (de confiança) chegar. 
Que-qui-houve? Preciso enviar um formulário com foto! Onde nessa cidade a gente pode fazer foto rapidinho, tipo leva "na hora"? Que eu saiba, só na garagem do shopping - que só abre às 10:00. Lojas de fotografia para book-atriz-modelo-periguete-perua acho que tem uma dúzia. Mas uma fotinho simples, a famosa 3x4, é na base do "te-vira, faz selfie".

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Mais uma vez: o grande abismo - parte II

Ainda estou confusa. Fico confusa quando os limites são ultrapassados (devastados?)
Na própria descrição da Perua-Torta: Vim vestida para matar!
Oi? Ãh? Vestida para matar?
Essa expressão sempre me faz lembrar do filme (Não, não gosto!), mas,  o povinho usa para superproduções. Fica subentendido que é para matar de inveja.
Pois bem, a piada é pronta, mas dessa vez, a escolha foi impossível. Voltei para a minha sala completando mentalmente todas as possibilidades.

Vestida para matar de
(   ) medo                        (   ) vergonha alheia
(   ) susto                         (   ) rir
(   ) dó                             (   ) curiosidade

Se uma imagem vale por mil palavras, aqui vão três mil.
A expectativa:

















E o híbrido que eu vi dentro daquela sala e que a minha mente se recusa a esquecer. Sério, ficou difícil virar a página e achar outro assunto para seguir o dia!

Mais uma vez: o grande abismo - parte I

A imensa distância que pode ter entre a imaginação e a realidade.
Uma inadequação que já começa no contexto. Só eu penso assim? É formatura, mas não é solene. O horário 10:00. A sala um minianfiteatro onde às vezes tem aulas. As pessoas envolvidas:14 formandos, acompanhados por ninguém ou no máximo por pai-mãe-avós-irmãozinho xereta, um que outro professor ou colega que está no campus e vai lá dar um abraço, somando todos não mais que 50 pessoas. Tudo bem que a roupinha fosse mais ajeitadinha, nada de chinelo nem vestidinho de alça ou bermudão, mas  parece que resolveram brincar de festa. Nosso Colega-Diferenciado veio de terno e gravata (em uma temperatura de 28 graus e com chuva!). E há outras produções completas, figurino, maquiagem e cabelo super adequados para casamento...


Uma estrategista de sucesso...


Uma súbita inspiração e cálculo imperfeito de tempo. 
Abri a porta e a Perua-Torta continuava no térreo. 
Ouvi os gritinhos da Bela-Orca : Nóooosa, mas arrasou! Não tem para ninguém! 
O Colega-Diversificado assoviava a musiquinha do filme Pretty Woman. (É, isso ele faz bem. Assovio como um curió! Sei, lá! Nunca ouvi um curió, mas se ele diz, deve ser elogio!)
Algo diferente estava acontecendo, o alarido era muito grande. Era gente demais no prédio antes das dez horas. Foi então que veio a inspiração, subir e descer na outra ponta do corredor quando ela estivesse chegando.
Sim, me senti meio (bem) idiota fazendo isso, mas já tinha começado, fui até o fim. E tive bastante tempo para pensar na idiotice dessa mistura de se-esconder-e-perseguir. A infeliz demorou para subir. Fiquei olhando pela janela a chuvinha fina caindo e lembrei que era dia de formatura de gabinete. Explicado o fuzuê no térreo! O que veio depois foi bobagem, nada de importante, mas muito inspirador... Voltei para a minha sala sem saber exatamente como qualificar a aparição da Perua-Torta...

Grande dúvida

http://i.kinja-img.com/gawker-media/image/upload/s--qZLQEw4d--/187yfgxtkb8hbjpg.jpg

Saio ou não saio da sala agora? Não tem como ficar escondida. Deve ter menos de uma dúzia de carros no estacionamento. Quem chega, identifica fácil quem já está no prédio.
Posso deixar passar alguns minutos. Terminar de escrever aqui, dar comida para os peixes. Só não posso demorar muito, tenho que sair no momento certo.
Mesmo com a porta fechada, ouço a voz estridente da Perua-Torta contando alguma proeza na portaria. Ontem ela me escreveu dizendo que logo cedo precisaria falar comigo.
A minha certeza é: se ela entrar aqui, não sai antes das 10! De um jeito ou de outro, tem que ser na sala dela.
Qual o melhor momento de sair, essa é a grande decisão... Se eu saio antes dela passar para o corredor que leva para a própria sala, ela vai acabar querendo entrar aqui para conversar. E depois de entrar, vai sentar e para sair... O melhor, sem dúvida, seria eu atacar pelas costas. Depois que ela dobrar, eu apareço, vou com ela até a sala dela e saio de lá o mais rápido possível. Já pensei na boa desculpa: banheiro. Sim, ninguém questiona a bexiga alheia! 

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Não sei porque eu ainda fico surpresa!

O texto de apresentação é grandioso: o único produto no mercado que garante energia e disposição ao amanhecer! Por apenas 29,99 dólares!
Uma mistura de pozinho de guaraná e vitaminas do complexo B. E, certamente, há quem compre!
Motivação e disposição para acordar do tipo que a pobre Perua-Torta precisa.
Acabo, assim, essa manhã de trabalho, nada produtiva (Agradeço ao sistema de rede da instituição que me permitiu jogar, procurar produtos de eficácia descomprovada e origem duvidosa, e que, sabiamente, me impediu de acessar os formulários on line para submissão de avaliações, relatórios e projetos!) . Sigo minha vida, um pouco mais descrente sobre o valor intelectual de parte significativa da humanidade e mais convicta sobre a incrível capacidade de uns poucos usarem a idiotice alheia para obter lucro.
(SIM, vamos para casa. O expediente está reduzido a 6 horas.)

Que gente é essa?


Já li muitas coisas sobre vantagens ou benefícios de acordar mais cedo. Há listas e listas sobre isso. Algumas são moderadas (3, 7, 10 itens), outras extensas: tipo as 50 mudanças que acontecerão na sua vida só por sair da cama um pouco antes! Uma delas seria: Vida Mais Feliz!
Mesmo com todo esse "conhecimento", confesso que fiquei surpresa com um dos argumentos. Não sei se é mesmo original, até pode ter sido usado em alguma lista, mas juro... Nunca tinha me chamada atenção! Posso dizer que é novo, então.
PODER! O colega madrugador expôs a sensação de "superioridade" que há em saber que, enquanto faz algo, os outros estão dormindo. Ter a consciência de que o dia dele começou antes do dia dos outros. Incrivelmente isso foi considerado pela audiência como vantagem ou benefício compensatório. Tipo: minimiza o desconforto de ter que sair da cama. 
Continuei quieta, pensando com os meus botões.Saber que vai tomar café antes que o vizinho, te faz mais feliz? Te faz sentir vitorioso?  Que tipo de recompensa é essa? Que tipo de gente é essa? A única coisa que me ocorreu foi criar  #MeusColegasSãoEstranhos.

Isso é vantagem ou benefício?


http://www.wakeupontime.com/

A conversa migrou para "depois do carnaval". A lista foi ficando grande, quase tudo é para depois do carnaval ... Inclusive a obrigação de levantar cedo. Pensei com os botões que não tinha (Não, o vestido não tinha qualquer tipo de botão! Estranho, por quê?): minha experiência de andar pelo mundo de manhã cedo vai acabar... Perdida em pensamentos não muito alegres, quando "voltei" para a conversa o povo trocava ideias sobre as dificuldades, vantagens, benefícios de acordar cedo. A cara de incredulidade de algumas criaturas era notável - Como assim? Tem alguma coisa de bom nisso? Mas, duas pessoas se mostraram madrugadores convictos e dispostos a conquistar adeptos para esse hábito. Sabiam "tudo" sobre o assunto! Temos Early Rises entre nós!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Pode me odiar, é um elogio!

http://fotos.lahora.com.ec/cache/a/a9/a9a/a9a9/hasta-cuando-la-sudoracion-es-normal-20

Nossa, depois trabalha toda suada?
Sim, já tive que responder isso... Nada escapa à Perua Torta! Na semana passada, no único dia que essa infeliz apareceu cedo aqui, teve que me interrogar... 
Sou uma mulher precavida. Até trago uma muda de roupa, mas nem sempre troco. Hoje não troquei. Não sei como os outros andam, ou melhor, ficam depois que andam. Eu caminho por uma hora, passos rápidos (Não, não é marcha atlética! É o típico andar de quem vai fazer algo importante e precisa ser logo!) - ou seja, não saio me arratando por aí. A verdade é que, se não estiver muito quente, eu não suo. (Não, não  levo água, nunca senti sede quando caminhava. (Sim, depois eu tomo um monte de mate!) (É sou uma criatura que não evapora nem desidrata e que usa um bom desodorante!) (Não, só uso nas axilas, em nenhum outro local!) 
Minha resposta para a Perua-Torta? Uma daquelas-tipo-escolhida-a-dedo-só-para-ti-querida: Eu não sei o que é suor, mesmo  na academia minha roupa fica seca! 
Comecei aquele dia sendo bem malvada, com uma mentira e incitação à inveja. A mentira: eu não vou em academia, never! Os motivos para inveja? a) Eu sei que ela não consegue fazer qualquer tipo de atividade física por mais de um dia, ainda que deseje desesperadamente emagrecer. Pois bem, eu além de caminhar...; b) É de conhecimento público que ela verte suor, mesmo parada, mesmo que não esteja quente, essa mulher goteja... e detesta isso!

Enquanto os outros dormem ...

https://thenypost.files.wordpress.com/2015/01/011815sunsetpark06aw.jpg
Eu passeio pelas ruas. O calor e o desânimo (Não, não é cansaço é falta de vontade mesmo!) têm sido tão grandes no final da tarde que mudei de ideia. Terminar o dia de trabalho voltando para casa a pé parecia bom. É, no início tudo parece bom. Depois, se tornou impraticável...
Virei o plano e parece bom! (Sim, comecei há pouco...) Chego mais cedo no trabalho, coloco os tênis e vou para a caminhada. O bairro é simpático, com casinhas muito bonitinhas, com cachorros e gatos fofos, calçadas bem cuidadas e zero de carros andando. Tudo é paz e silêncio antes das oito! E, além disso, dá para seguir o sábio conselho: Vai pela sombra! Para coroar a minha satisfação com as vantagens desse novo horário: no caminho tem uma padaria muito boa! Volto com pão quentinho para o lanche e a sensação de dever cumprido: andei por uma hora!