terça-feira, 30 de novembro de 2010

Tem para todo o gosto?






Não para o meu! Pois bem, decisão tomada: não tenho e não vou comprar uma coroa de Natal. Antes dessa febre de guirlandas, nem guirlanda isso se chamava. Eram "coroas" e as pessoas mais velhas não gostavam delas. Sinos, bolas e estrelas eram preferidos para enfeitar portas. Há alguns anos elas apareceram discretas, em uma ou outra porta. Primeiro no Natal, depois na Páscoa também. Agora, nem precissa ser festa. Tem para "Seja bem vindo", tem para declarar o estado de espírito do lar "Aqui mora gente feliz" .
Seja para o que for, a maioria é um amontoado de coisas e materiais variados. Isolados, em nada me entusiasmam. Juntos tornam-se uma mistura muita estranha.
A execução de algumas parece bem simples: consiga algo semelhante a um aro (nem precisa ser muito redondo), passe cola (de qualquer tipo) por toda a superfície e comece a colar coisas. Não interessa muito o que e onde. Basta que sejam coisas pequenas, médias e grandes preferencialmente nas cores vermelha, dourada e verde. Tá pronto!
Há as coroas artesanais. Essas são mais complexas. Não basta comprar pinhas e flores de plástico. Mas já tem loja que vende os itens necessários: flores em tecido; chumaços de capim amarrados com barbante, galhos secos dos mais variados tamanhos e formas. Ainda não vi (nem comentaram que existisse) mas, como o empreendedorismo nesse ramo é grande, deve ter um kit: Faça sua guirlanda! Presentei seus familiares com algo que você fez! Ninguém terá outra igual!
Imagina ganhar isso de presente! (Conhecendo as cunhadas que tenho, isso não é improvável!)
PS. Fotos sem referências de proósito.

O Natal das guirlandas

http://www.idealhomemagazine.co.uk/
De longe esse será o item mais in, mais fashion, mais chique, mais moderno, mais conceitual, mais revelador da condição socio-econômica-cultural do indivíduo! Quem não tiver uma guirlanda de Natal pendurada na porta de entrada será amaldiçoado. É o que parece. Não se falou em outra coisa o dia inteiro. Até quem me acompanha confessou que já providenciou a sua. E, ainda me disse, com ar de reprovação: Vai acabar logo! Tipo assim: Não seja lerda, corre lá e compra! Lá? Onde? Em qualquer loja. Até na padaria tem para vender. Tem por dez, quinze e vinte reais. Tem também por 100, 200. (Não na padadria, é claro!) E o máximo do luxo: as mais caras (nada por menos de 400 reais) tem cordões de ouro 12 e cristais. A cada ano, em dezembro, é a minha fé na loucura humana que se renova.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Por que tanto tro-lo-ló?



Culpa de que? Só porque ontem devo ter entrado em umas trez dezenas de casas. Algumas bonitas e falsas (parece que niguém mora lá), outras inexpressivas (verdadeiras ou falsas) e as que me deram vontade de dizer EU QUERO! Eu quero a parede verde, os armários, a mesa, as cadeiras. Doo (de doar, mas não sei escrever) os quadros de veados e cavalos. Fico com o quadro de cachorro (sempre fico com cachorros). Fico com o quarto todo, sem reparo ou contestação sobre qualquer item.

Bisbilhotice? Voyerismo?

Pela definição da wiki: "A prática do voyeurismo manifesta-se de várias formas, embora uma das características-chave é que o indivíduo não interage com o objeto (por vezes não cientes de estarem sendo observados); em vez disso, observa-o tipicamente a uma relativa distância, talvez escondido, com o auxílio de binóculos, câmeras, etc., o que servirá de estímulo para a masturbação, durante ou após a observação." Não se encaixa. Ninguém vai ... Tá bom! O mundo é grande! A maioria de nós não vai se masturbar antes, durante ou depois. Além do que, como bem lembrou a Mais-tonta, quem faz uma postagem aberta, assume que poderá receber visitas. (Não vou procurar definições oficiais de "exibicionismo".) Mas não há como ignorar. Meter o nariz na vida alheia (mesmo em mau estado, como o meu), sem o risco de ser capturado, sem o perigo de ter que justificar o que/porque está olhando tanto, é um prazer. Tá, não leva a momentos extremos, mas dar palpites que não foram pedidos, sair por aí contando o que viu (E, lógico, aumentando ou diminuindo à vontade) tem seus encantos. Sinceramente, prefiro me definir como uma bisbilhoteira. A que pese a estranheza do termo, acho mais digno. (Tanto quanto possa ser digno alguém gostar de espiar a casa dos outros!)
OBS.: Buscar informações sobre esse hotel na África do Sul. Girafas rondando a casa, ganhando comidinha e afofos nas janelas! Amei!

sábado, 27 de novembro de 2010

Mistério,decadência e gripe






Indo e vindo, entre um espirro e outro, descobri que o Sr. Kevin Bauman coleciona fotos de casas abandonadas. Vende também (as fotos). A coleção se chama "100 abandoned houses" (http://www.100abandonedhouses.com/) Mas tem mais que isso. Como eu sei? Vi todas. Casa abandonada é uma brincadeira da minha infância. Na vizinhança onde cresci havia uma tapera. Nunca foi reformada ou ocupada e só há pouco as ruínas foram substituídas por uma construção nova. Havia também duas casas de aluguel que frequentemente ficavam vazias. Invadíamos. Vivíamos grandes emoções. Fosse nos tempos atuais, nos levariam para medidas socio-educativas. Naquele tempo era só uma grande arte! Ainda hoje casas abandonadas me atraem. Histórias que não foram contadas me atraem. Casas abandonadas parecem cheias de histórias. Parecem testemunhas resistentes, avisos melancólicos da passagem do tempo. Tempo havia, tempo houve, tempo não haverá mais (De onde eu lembr isso?) A febre está voltando ...



Adivinha!

Eu não acertei! Também não me prestei para ler o nome do arquivo. E, mesmo que a foto viesse com legenda, eu faria a mesma cara. Cara de maquequéisso?!?? Fui ver mais. Achei Nuevo Estilo (http://www.nuevo-estilo.es/) Tem coisas interessantes. Comecei a olhar agora, enquanto espero o almoço. Acho que tenho distração por um bom tempo. Mas essa cozinha é falta do que fazer. (Queria ver alguém fritar bife nesse "espaço" !)

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Detalhes que me enganam

Fotos criam fantasias. Nosso cérebro completa instantaneamente o que falta. Quando vi a foto, com parte do que deve ser um quarto, não digo que morri de amores, mas gostei. Depois, várias fotos depois, apareceu o conjunto: destestei o cenário completo. Mesmo sem ter gasto um segundo imaginado como seria to tal quarto, havia uma imagem idealizada. Resultado, grande probabilidade de não gostar. Foi mais. Achei totalmente sem propósito – em especial os panos na parede. Como-assim? Descosturou o vestido da avó e prendeu na parede? Não entendi. (Eu sei que o tecido não é de um vestido! O corte também não! Além do que, a demência teria que ser hereditária, a avó usar um vestido de poltrona e os descendentes terem a ideia de pregá-lo na parede. (Nenhuma família é tem tantos loucos assim! Nem a minha!) Mas, descosturar a poltrona da casa da vó e colocar na parede fica muito mais estranho. Por que? Sei lá! Acho que descosturar um vestido passa pela cabeça de qualquer humano normal. Descosturar um sofá? Estranho, muito estranho.

Natal melancólico, nova proposta?


Não há como escapar, começou a temporada de amigos secretos. O triste é ter que gerenciar três conjuntos separados (meu, do marido e filha). Eu resolvo meu caso rápido. Não comprei panetone, nem bombons para o amigo oculto (Ainda que, na minha opinião, fosse muito mais do que o estrupício merece!). Também não fiquei me gastando para ser original-criativa. Não tenho tempo para isso! O limite é vinte reais? "Tá bem bom!" Não vou ficar fazendo milagre!
Dessa vez, a sorte me favoreceu. Tocou para mim uma discreta criatura, que aos berros já havia anunciado: Quero um papai-noel da LOJA .... Qualquer um! São liiiiindos!!!
Assim sendo, fui com endereço certo buscar um boneco de vodu com roupa vermelha e barba branca. Sim, porque eu achei as propostas horrorosas. A festa não é nascimento, não é alegria? Pois acho que o pessoal do artesanato se esqueceu desse detalhe, ou na hora de cortar-costurar troucaram algumas peças. Todo anjo ou papai-noel (que tanto encantaram a "amiga-secreta-oculta") pareciam no fundo do poço da depressão. Bonecos melancólicos, chorosos. Quem quer isso enfeitando a casa? Resposta: minha amiga secreta! Então, tá! Pedido atendido. Vai ganhar!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Escabelada meu cérebro não funciona!

Parece que existe alguma associação funcional perversa entre o estado externo dos meus cabelos e meus neurônios. Hoje estou disposta a matar um. Qualquer um. Basta que se atravesse no meu caminho. Tenho um monte de coisas por fazer. Estou fazendo, mas com um mau humor ... Estou naquele estado de apontar lápis com os dentes... Na tentativa de tornar mais leve o dia, fui fazer um intervalo. Não consegui me desligar do tema. Tanta coisa para ver na internet e eu fui buscar cabelos.
Resultou em nada de muito interessante, apenas:
A) uma piada (mais ou menos),

B) Uma extravagância da humanidade (Ela tem o perfil parecido com o da minha tia!)

C) Um antes-e-depois


O antes-depois me consolou um pouco: a Rebeca fica bem melhor com frizz! Parece ter mais "personalidade".(Não, não achei com cara de anti-social, psicopata serial killer).Parece mais "normal", mesmo fazendo cara de emburrada, mesmo tendo os cabelos arrepiados com escova! (Sim porque escovaram a criatura como se fosse um poodle para fazer essa foto! Nenhum cabelo é tão ruim assim! Nem o meu!) O alisamento deixou essa menina com cara de pastel. Até o sorriso Mona-Lisa colabora como para um certo ar "agora-to-medicada"...
Fique claro, eu não acredito que estou melhor arrepiada. É só raciocínio genérico: se eu tomasse uma "providência" talvez ficasse pior. Nada é tão ruim que não possa piorar! ( Otimismo "mode off").

Auimbaué, Auimbaué, Auimbaué

Acordei totalmente Rei Leão. A umidade relativa do ar tem um efeito espetacular sobre o meu cabelo. Foi me olhar no espelho e começar a cantar. Não a música nobre, cheia de mensagens profundas e significados existenciais. Não, foi a outra ...

In the jungle, the mighty jungle
The lion sleeps tonight
In the jungle, the mighty jungle
The lion sleeps tonight

(Sim, queridas, quando vi Rei Leão já era bem crescidinha. Não, nunca vi a versão dublada. Não, nem com a minha cria, portanto canto em inglês.)
E, logo, ficou só o eterno refrão - AuimbauéAuimbauéAuimbaué, que provavelmente repetirei durante a manhã inteira, devidamente acompanho de coreografias criativas. Passei pelo corredor vazio (com essa chuva, ninguém chegou ainda) AuimbauéAuimbauéAuimbaué, tentada a executar minha dança de macaca. Sim, porque cantando AuimbauéAuimbauéAuimbaué eu me imagino como o mandril do filme ...

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Para quem sabe é fácil


Achei no http://fabulous-fabulous.blogspot.com/ Tem outras sugestões de decoração, sem bandeirinhas.
A produção é simples, mas para quem sabe fazer. Não é o meu caso. Nas poucas vezes que experimentei a costura, o resultado foi um desastre. A boa alma que me ensinou (a passar a linha, ligar a máquina, segurar o tecido), tentou me consolar: "É como tudo, precisa prática! No início é sempre assim!" Enfim, para quem sabe costurar é só olhar e fazer. Simplicidade pura. É o tipo de coisa que não demanda explicação. (Mas, por favor, não me faça presente disso! Não vou usar, juro.)

Eu sei! Tem quem goste!




As bandeiras na decoração de interiores renderiam pesquisas kilométricas. Seriam literalmente metros e metros de tela só para expor as imagens que lembro de ter visto. Por que? Me-pergunto-eu, por que essa fixação em triângulos? Nisso concordamos: não há coisa mais fácil de obter. Nem todo restinho de tecido ou feltro resulta em fuxico ou em quadrado, mas triângulos ...
Soma-se então outra facilidade “qualquer monga, como eu, é capaz de fazer uma linha de bandeirinhas(Palavras da Mais-má, não minhas!) Eu, ao contrário das minhas diletas colegas, faço parte da fração da humanidade que só aceita bandeirola em quermesse de festa junina. Nada contra isso na casa alheia. Na minha, não entra.

Para quem gosta de quermesse


Não é o meu caso. De fato, não gostei. Mas reconheço está muito bem feito. A proposta é manter a caneca quente. O meu maior problema são líquidos quentes. Sou daquelas criaturas que assopram o café. ( Tudo bem, só faço isso quando estou sozinha.) Na maioria das vezes que tenho que “acompanhar” alguém tomando café, acabo com a língua queimada ou com a xícara cheia. Todo mundo já terminou e eu continuo esperando que esfrie. Assim sendo, é um despropósito essa vestimenta de caneca. As bandeirinhas? Gosto não. Muito carinha de sobrou um retalho. Volpi? Também não gosto. Pé-de-moleque, cocada e doce-de-batata-doce? Também não!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Eu sou o passarinho!!!!

Tem dias que a gente pode esquecer. Tem dias que devem ir para o cesto de itens não recicláveis. Hoje, depois das dez, foi só risada, risadinha, gargalhada. Dependendo do ambiente, nossa alegria pode ser incontida. Sei que passageiro. Sei que é só uma vez entre tantas. Ainda assim...
É hora de lembrar Sísifo de Albert Camus. Feliz através da rebeldia, por vencer o eterno desafio - mesmo que seja por um instante.
Até contaria a história, sob o meu ponto de vista. Qual história? Ambas, a de Sísifo e a de hoje. Mas não... As risadas me impedem de qualquer coisa produtiva! Estou embriagada de endorfinas de risada. Sim, porque ninguém vai me convencer do contrário, rir produz mais endofinas que corrida ou musculação.
(Se um dia eu voltar aqui, que me imagine rolando de rir! É assim que estou.)

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Novo item na lista de preparativos para festas



Achei que nada pior haveria depois da coreografia (Péssima, mas ensaiada, acreditem.) destinada à parte “quero vê-la sorrir, quero vê-la dançar”. Então veio “piri-piri-piri-piriquete”. É inimaginável o que uma luz forte projetada de baixo para cima faz! As barrigas pareciam imensas bolas brilhantes. Os peitos pareciam estar fugindo pelas bordas laterais dos corpetes. Os braços levantados, sacudidos em total frenesi, sem qualquer noção ou direção prevista, (A coreografia era muito, muito ruim.) expunham sovacos de cores assustadoras. Ninguém se preocupou com maquiagem nessa parte. Precisa? Depois desse filme, estou convencida que sim! Havia axilas em tons de cinza-zumbi, outras puxavam mais para o marrom-fungo. Teve uma moça que fez bronzeamento químico e esqueceu as axilas, parecia ter derramado uma caixa de talco ali.
Então me pergunto: Gente, quem vai querer como recordação de formatura um filme onde aparece expondo um sovaco estranho?
E ainda: Imagina ter que explicar, anos depois, o que foi feito da criança? – “Não, eu não estava grávida! Só um pouco gordinha!”

Além da imaginação

Os bailes de formatura mudaram muito! Imagina: Rodinha das formandas. Todas felizes. Todas gordinhas. Todas (Todas mesmo. Eram 16, eu contei.) de tomara-que-cai em cetim, cores bandinha Restart, indo do verde-limão-me-socorre-que-não-consigo-enxergar-mais-nada ao rosa chiclete. Todos os vestidos bordados com lantejoulas, canutilhos, miçangas. Tudo para aumentar o brilho da festa. Mas o que chamou a minha atenção foi o animador/recreacionista. Não apresentador que pega o microfone uma um duas vezes para os momentos de abertura e brinde. Não. Um tiozinho que fala a cada cinco minutos e desenvolve um roteiro de atividades. (Quanto tempo eu fiquei esperando? Mais de 45 minutos.) “Vamos lá, pessoal! Agora é a hora da dança das formandas! Meninas, meninas! Todas aqui no centro!” E o que o serviço de filmagem faz? Vai paro o centro da rodinha, se abaixa e começa a filmar as dancinhas.

Como ir à uma festa sem querer

Quando tem festa, você é daquelas que acha muito ter que se preocupar com cabelo+maquiagem+unhas+roupa+adereços?
Pois é pouco! A lista não está completa. Especialmente se o vestido for alguma coisa sem manga, especialmente se você pretende dançar ao som de Sandra-Rosa-Madalena, sacudindo freneticamente os braços. Eu vi isso ontem, não ao vivo. (Graças aos céus, porque tenho estômago fraco. Enjoo fácil com esse tipo de coisa) Fui buscar fotos em uma empresa que também faz filmagem de festas. Para distrair os clientes enquanto esperam que as fotos escolhidas sejam impressas (porque o povinho lá é lento!), há uma mega-tela onde é possível assistir às últimas filmagens da empresa. Uma boa forma de propaganda? Não necessariamente.
Se um dia, eu fosse a uma festa, tomasse todas e, lá no final, “mucho loca”, começasse a executar coreografias estranhas, com o penteado desabado, olho já borrado e os sapatos na mão ... Juro, processava a empresa que mostrasse isso para a humanidade. Tão pouco, recomendaria o serviço de quem resolve filmar os outros de baixo para cima

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

De volta ao passado ou o passado de volta?


Ontem, uma boa surpresa. Há muito tempo atrás (final da faculdade) comprei um livro e, antes de ler, emprestei. A formatura veio, a colega mudou de cidade e o livro ficou como "presente". Não foi para a lista de "Mais um perdido, que M..." Eu tenho uma lista imaginária desse tipo. Para coisas que eu emprestei e não devolveram, para coisas que esqueci, para coisas que perdi e não encontrei mais. Às vezes, alguns itens dessa lista surgem na minha lembrança. Sempre interpreto isso como: UI! Estou mal!
Pois bem, a visita inesperada da ex-colega veio acompanhada de uma cuca de pêssego (coisa do outro mundo de tão gostosa), do livro que eu tinha emprestado e de outro como presente. Hoje comecei a ler a história de Sheila Levine. Deslocada no tempo, mas ainda assim muito engraçada. É interessante como a história de uma suicida pode ser engraçada. As tragédias do cotidiano alheio através da ironia ficam menores.
A ex colega levou mais dois livros emprestados. E não importa quanto tempo leve para devolve-los, jamais entrarão na lista.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Muita habilidade ou total falta de juízo?

Polêmica instalada:

Esse leso pintou ou não todas as crianças da família?

Seja qual for a resposta, há que se dizer: o cara ou é muito bom ou tem muita gente louca nessa família. Porque, em diferentes fotos, as pinturas são as mesmas. Seria muito idiota pintar bebes, mas eles realmente parecem pintados. Tudo bem, quem tem filhos sabe, dia ou outro, a gente até compra um envelopinho de tatuagem para a criança brincar. Uma caveirinha no braço, um coração na perna. Mas nesse caso, sinto que alguns limites foram ultrapassados, ainda que não consiga de modo rápido dizer quais. Outros, além do bom senso, é claro!

Só para encerrar: ao que tudo indica os nomes dos arquivos incluem os nomes das crianças, sendo assim, o nome de um dos meninos é Cumulous!?! Razão tinha minha avó, que seguido nos dizia: "A gente morre e não ve tudo, minha filha!"

Como assim? Não vai sair no banho?

Junto com os trabalhos nuvens/cogumelos atômicos encontro bebes praticamente grafitados. Eu imagino que essa “arte” é o resultado de algumas horas de trabalho em computador. Um pai criativo, inspirado em... em... Não interessa a causa, razão ou motivo que levaria alguém a produzir essa decoração na imagem do filho. Então eu paro, penso e reflito...
Tem tanto doido nesse mundo ...
Vai que um mais leso vê isso e acha o máximo sair pintando filho com canetinha hidrocor.
Então ouço A-mais-tonta-de-nós: Ah! Doida é você! Imaginar isso!
Tá bom! Vá lá que seja exagero meu. A minha fé na humanidade não anda muito forte. Mas que essa criança parece ter recebido uma noticía chocante, parece. Tipo: Eu tenho que ficar com eles? Não posso mudar de casa? Só com 18 anos?

Coisas muito bobas

Nada mais inútil. Tudo bem, é arte. Não precisa ser últil. Cumpre sua função se desperta sentimentos. Mesmo que não sejam aqueles previstos pelo artista. A criatura que fez isso, salvou o arquivo como
Como assim? A casinha de nuvem é um cogumelo atômico? Não-mesmo! Rejeito! É casa de nuvem e se encaixou nos meus sonhos de infância. Ainda assim, tenho que olhar e dizer: é tosco! Concepção e execução no limite do desleixo. E, se lá estivesse, diria que o pior defeito é ser pequena demais! (É! Eu queria entrar!)

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Medio-y -medio? Que-que-é-isso?



Aqui temos algumas facilidades. O exterior é logo ali. Quer ir ao Paraguai buscar muambitas? Algumas horas de carro e lá estamos. Quer ir ao Uruguai comprar cashmere em fio ou já tecida e alguns temperos, um pouco de queijo e biscoitos deliciosos? Também é logo ali! Quer ir, mais especificamente, ao porto de Montevideo comer peixe e beber a especialidade local, o “Medio y Medio Roldós”? Bom, nesse caso vai demorar um pouco mais! É bom ter um fim de semana todo para isso!
Para informação geral: Medio y Medio é uma mistura de vinho e espumante que antes só se achava em um ou outro restaurante do porto em Montevideo. Agora, gracias a la vida, pode ser encontrado nos mercados da fronteira. É doce e tem teor alcoólico alto e eu acho delicioso. Detalhe, por aqui, batizamos a bebida medio-y-medio para médio-a-medio. Pura bobagem, né! Mas, considerando que não são nem 11:00 e já estou na segunda taça ... Esperar o quê?

O pesadelo do meu tio (Parte II)



Não abre mesmo. Não é culpa da rede. A imagem tem "poblema", só a parte superior aparece. As frases que aparecem são em inglês, mas é bem notável na parede a foice branca. Your pussy is my soul mate. Hein? Esses russos são estranhos! Voltando ao croche, sinto-me na obrigação de dizer que é mal feito. E não estou usando os padrões da minha tia (excelente executora, artesã extremamente habilidosa). Eu mesma faria melhor. Pontos frouxos dando aparência de coisa feita às pressas. Bem diferente do carro revestido que achei um dia. Além do que, para obter a diversidade de cores usaram um expediente bem barato - linha/lã matizada. Isso é para preguiçosos. O bom é emendar linha, escolher que cor terá cada pedacinho. Mesmo que no fim nada combine! Mesmo que fique um horror!

O pesadelo do meu tio (Parte I)


Ontem passando por “homesweeethome” (Que eu adoro e, por isso mesmo, frequento em doses moderadas. Especialmente agora que ando em fase de comportamentos compulsivos. Não, não é TOC porque é muito variado. Pode ser tudo e qualquer coisa, tipo: abri um pacote de balas. Por que não comer todas? Comecei a ler um romance. Por que não continuar lendo até acabar? Comecei a lixar um armário para pintar. Por que não terminar? Só porque já são duas da madrugada? Bobagem, já que comecei... Eu sei, não é muito normal. Mas e daí? Conheço gente em estado bem pior e que nem chama atenção.)
Voltando ao assunto: achei lá a concretização do pesadelo do meu tio. Aquele casado com uma “fazedora de crochê” (É assim que ela mesma se define). Na casa deles (Na verdade a casa é dela. A garagem é o único lugar “dele”.) para onde a gente olhar há de ter algo em crochê.
A imagem é de algum lugar na Rússia (Imagino pela letras na parede.) e não abre toda quando a gente clica. Vou esperar para ver se melhora a conexão (A internet aqui tem velocidade do tipo lesma-lesa.).

sábado, 13 de novembro de 2010

Não vi tudo, mas vou dar um tempo.




Não digo que tenha sido uma noite de pesadelos, mas o sono foi agitado. Definitivamente, a minha atividade noturna não foi relaxante. Depois de quase três horas navegando no Cribcandy, fomos ver um filme. Acordei às cinco horas, ouvi os galos cantarem, vi o sol nascer e o sono leve, entre uma coisa e outra, foi cheio de imagens. Releituras desses lustres apareceram várias vezes. Gostei deles mais como “arte abstrata”. Não sei se gostaria de ver algo assim pendurado no meu teto. O site original (do fabricante) não abriu. A empresa se chama Andromeda e, só para completar, fica em ... MURANO. Tinha que ser! As fotos no Cribcandy são muito boas e foi suficiente para perturbar meu sono. Resumo e resultado: às sete da manhã estava tomando medio-a-medio. Não é exatamente um café usual, mas achei digno. (Era a sobra da noite! Eu não abri uma garrafa!)

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Saí do mundo

" Cribcandy is a visual news gallery of household & interior old & interior design by Curations.com Items are hand picked by our curators, daily, with pictures and links to the best finds from all the world’s household design sites and blogs."
Que me importa o ENEM! Em nada me interessa se a falência do Silvio Santos vem aí. Se tem vulcão explodindo? Não sei. Nessa noite de sexta-feira, totalmente do lar (e sem visitas), meus pensamentos são apenas para "Cribcandy". Do absurdo ao útil, parece que tudo tem ali. Quando olhei a primeira vez não entendi. Começando pela imagem do cabeçalho. Para abertura, porque uma imagem tão pequena e, mais que sem graça, feia? Depois, à medida que comecei a olhar, sensação é de labirinto (mas, não estou procurando saída). A minha preguiça cansada de sexta-feira percorre figuras e figuras, aleatoriamente. Hoje é só para figuras. Qualquer leitura me parece pesada. Pode ser Tio Patinhas, terá a mesma densidade de Kant. (Só para registro, não entendo como meus colegas "gostam"de Kant. Tudo bem, eu entendo porque não gostam do Tio Patinhas.) Afinal do que se trata? Uma mega coleção de coisas de casa, paisagens, arquitetura e o que mais for. Amei.

Aula com recibo de antiguidade

http://www.todabeleza.blog.br/?tag=alisamento
Para mostrar o que é e como se fazia uma "touca para alisamento de cabelos", até foto é difícil de conseguir. Realmente caiu em desuso, foi para o limbo das técnicas esquecidas. Havia a touca comum e também a de gesso. Touca de gesso era o máximo! Caríssima! Deixava o cabelo um espetáculo! Minhas lembranças são cheias de pontos de exclamação.(Não significa que tivesse usado, era muito dinheiro para uma família modesta. Se bem que a família era mais para mão-de vaca do que para pobre-pobre-de marré.) Sendo assim, para que fique o registo (mesmo passando recibo de idosa): a técnica de escova para alisamento foi o megamáximo na minha adolescência/juventude. A touca era um recurso mais "doméstico". Pegava-se a mecha central (Lá no "cocuruto", como muito bem descreveu a colega.) e enrolava-se com um rolo beeeem grande (para ficar liso, não formar cacho). Depois, com auxílio de uma boa escova, penteava-se o cabelo ao redor da cabeça, deixando tudo bem esticadinho e prendendo cada trecho com grampos. Essa era só a primeira parte. Passado um tempo, para ficar "jóia-jóia" tinha que "virar a touca", ou seja: se estava penteado da direita para esquerda, tinha que pentear para o outro lado, prender e esperar um tempo. Quanto? De preferência a noite toda! A gente dormia com isso! Sim, porque a primeira parte era feita com o cabelo "úmido" e a segunda, com ele seco, tinha que demorar mais para fazer efeito. Se fosse no salão de beleza (Que, por aqui, chamava-se de "instituto de beleza".), era mais rápido porque ia para o secador. Mas, mesmo assim, somando parte 1 e parte 2, durava uma tarde inteira!
A vida mudou, descomplicou bastante. Nossas filhas não precisam passar por isso. Dá vontade de compor um soneto para declarar o meu amor ao secador manual e à escova. Não, não vou fazer rimas para chapinha. Não uso.

Propaganda enganosa

Achei essa propaganda e lembrei que era o "sonho" da minha mãe. Professora estressada, apressada e sem dinheiro, ela (e tantas outras) sonhava em ter o "próprio"secador de cabelos. Imaginava o quanto de tempo e de dinheiro seriam salvos por essa maravilha da década de 60. Tudo bem, para nós, pobres sulamericanos, já era década de 70, mas pouco mudava. A promessa era a mesma, os modelos um pouco diferentes. Minha mãe não comprou. Minha tia, casada-com- marido-é-do-banco-do-brasil, ganhou. Quase queimou a cabeça. Depois, logo vendeu para uma conhecida (AH! Eu gosto mesmo é do salão! A Verinha faz uma touca que é insuperável!) Alguém com menos de trinta anos sabe o que é uma touca?

Contra tudo que acredito

Gostei. Foi amor sincero, desde o primeiro olhar. Se estivesse psicologicamente preparada, tipo: Agora, vai aparecer uma almofada com aplicações em croche, o preconceito teria falado mais alto? Não sei. A minha implicância com "aplicações" em almofadas disuputa o primeiro lugar com os fuxicos. EU DE-TES-TO FUXICO. Posso gritar, sem medo e acrescentar, também aos berros (e, nessa parte, me imagino de mãos na cintura): PRINCIPALMENTE OS REDONDOS, TÁÁÁÁ?
Fato é que a página do blog abriu, inesperadamente depois de uma demora incrível, e eu vi essas almofadas. Tanto gostei que aqui está! Essa é a passagem para minha lista de coisas que vou fazer:


Um dia.

Um dia, é claro. Não agora.

Porque agora... Ai, Ai! (SUSPIRO PROFUNDO)

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Sou má (de várias formas)

http://beckyboop.files.wordpress.com/2010/09/attitude.jpg
Uma delas, menos óbvia, é a omissão. Nos omitimos em vários momentos, em muitas situações nem percebemos. Mas quando é consciente, podia ser feito e não foi ... Reconheço, sem grande orgulho (só um pouquinho), que sou mestra nessa modalidade. Achar algum valor nisso? Ter prazer em exercer a maldade que ninguém enxerga? Esse é o encanto. Ninguém percebe, exceto quem se omite. É um prazer secreto, pode ser vivenciado sem culpa. De fato, nada fiz. Queria sim, ter dado uma boa bifa na figura. Pela falta de respeito, pela ignorância. Mas isso não seria maldade, seria uma resposta extremamente perigosa e burra (para começar, a criatura tem o dobro do meu tamanho). Mas omitir que ela estava indo embora sem levar as chaves, a carteira e o telefone ... Bem, que cada um cuide de si e do que é seu. Se ela chegou em casa e não pode entrar? "BemFeito". Se tiver patrulha da polícia rodoviária na estrada? "BemFeito". Se ela não lembrar de onde deixou tudo? "BemFeito"! Se, depois os outros viram os pertences esquecidos e ninguém lembrou da colega que é vizinha (e poderia entregar tudo)? "BemFeito". Eu é que não iria menciona esse pequeno detalhe. Fica para hoje: Nossa! É mesmo! Como ninguém lembrou? (Internamente: risada maligna!)

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O que você quer ser quando crescer? Ou Não é todo mundo que pode voar de balão.


Bailarina-cabelereira-astronauta-professora. Essa era a minha resposta. Nem sempre nessa ordem. Os elementos principais: aventura, vaidade e exibição. Se fosse hoje, as respostas seriam diferentes. Na década de 70, ser astronauta era tudo de bom! Hoje, nem se fala disso. Cabelereira? Hoje é para rapazes sensíveis. Professora? (Eu sou. Não vou falar mal, continua na lista!) Bailarina? Continuaria na lista. Nesses últimos dias, tenho me imaginado dançando. Só imaginado, porque minhas coreografias são impossíveis de serem executadas por quem, como eu, tem duas pernas apenas. Atribuo isso aos ventos da primavera. Acho que hoje pensaria em ser metereologista. As condições climáticas, em especial ventos e nuvens, me encantam. Além do que, queria voar de balão. Ontem, um vídeo de colegas sobrevoando a região em balão - quase me fez desfalecer de inveja. (Não, de inveja eu não morro, no máximo tenho uma ausência, fico "fora de mim".)

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Azul Francês


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Existe, sim. Foi só perguntar. Diferencio cores muito bem mas não me pergunte o que é ocre ou magenta ou outra cor qualquer. (Não me pergunte também onde colocar vírgulas. E acentos.) A Mais-má, ao contrário, tem uma enciclopédia de cores na memória. De pronto citou vários elementos no prédio que tem a cor azul francês. Gosto desse tom de azul, mas definitivamente não é a cor do meu sonho. Tarefa realizada. (Não. A minha intenção nunca foi descobrir o azul do sonho. Era só achar o azul francês, que não é cerúleo, nem cobalto, nem da prússia, nem turquesa).