terça-feira, 29 de setembro de 2009

Pinup = vintage, vintage = moda , sendo moda = mulher atualizada, então ...

Nada mais é antigo. Vintage. Ouvi essa palavra mais de cinco sete vezes ontem. (Saindo sempre da mesma boca, em um monólogo de três minutos!) Sim, os ventos da primavera trouxeram novidades. No mundo das minhas colegas espertas e ligadas em tendências a seguinte informação está sendo multiplicada: "Sabe aquela coisarada que as mãe da gente usava?" (Sim. Ela fala assim! É uma professora e fala assim!) "Pois agora, é-tudo-vintage! É chique, bem! Pode usar!"
Fiquei pensando nas consequências dessa novidade. É bem capaz de uma louca se vestir de pinup e cheia de atitude se jogar na sala de aula! (Cruz em credo!)
(E o ócio improdutivo novamente foi recompensado esse madphoto.com merece uma segunda visita!)

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Modernamente antigo!

www:theblam.com
Adoro o gongorismo. Tenho uma fixação na contraposição, na reunião de opostos. É idiota, eu sei. Mas enquanto fiquei xereteando no Thebalm.com só pude pensar na "modernidade" das imagens. Mais vintage impossível. Mais retrô impensável.
Além disso, sem deboche, acredito em programas de rescue, dou o maior apoio, pago ração para APA! Mas podia ser para qualquer cão!

Uma visionária incompreendida! Sou!

www:thebalm.com
Inovação em maquiagem e eu me achei o máximo!
Estão lançando um produto que é protetor solar e base. Incrível? Faço potes dessa mistura a pelo menos quatro anos! E é claro nunca pensei em vender. E faço o registro: sempre que comentei recebi olhares de reprovação (provavelmente acompanhados de pensamentos do tipo: Que doida!) Os únicos comentários foram: Mas isso não faz mal? (Duas vezes.) Será que funciona? (Três ou quarto vezes.)
Não é The Balm que está lançando o produto. Mas essa marca eu acho muito fofa. Só porque tem a raça pug associada aos produtos. Tem gente que é seduzida pela identidade visual de uma marca. Eu gosto das marcas que tem identidade animal!
(Continuo sem vontade de trabalhar. E não é falta do que fazer, não!)

Bobinhas!



É comum ver posts sobre como improvisar maquiagem. (Sem procurar já tropecei em vários.) Geralmente são coisas bem infantis. Só que escritas por mulheres maduras, para leitoras que têm a idade das autoras. São descobertas revolucionárias! Como alguém consegue tamanho tirocínio? "Sabia que se pode usar brilho como blush?" (Nãããã0! É mesmo???) "Ontem passei uma sombra rosa no lábio e ficou lindo!" (Nooooosa!!! Que idéia genial!!!!)
Que mulherada sem imaginação!

Savoir Faire

Tem jeito para tudo!
E a gente sempre pode aprender um pouco! Essa eu presenciei hoje e quisera que fosse minha:
“Olha... O percurso textual é interessante... Inovador... Mas, resolvi substituir por uma versão mais conservadora, sabe como é! Projeto para financiamento é melhor não arriscar!”
Que forma elegante de dizer a um colega que a redação está uma M!
E melhor, a anta-autora ainda se achou valorizada!
Que habilidade incrível!

Trocando orelhas!

Essa é uma expressão regional e antiga. Na sua forma mais completa é: Ficar como o burro, trocando orelhas!
Os burros são animais atentos e curiosos que movimentam as orelhas para captar melhor os sons do ambiente. Quem cria burros sabe, quando eles estão desconfiados também executam esse tipo de movimento.
Assim fiquei eu, logo que cheguei no trabalho! Um certo clima complexo pairando nos corredores, uns oi-tudo-bem-temos-reunião-né?! Ninguém fala, mas as previsões variam de briga à morte. Pela primeira vez será avaliado “mérito” de propostas. Dessa vez, o papel não aceitará tudo!
E eu com isso? Nada. Entrei na sala e fui procurar fotos de burros. Porque hoje, a vontade de trabalhar não acordou comigo!
(E o ócio foi recompensado! Esse www.footootjes.nl é algo ímpar! No que der tempo volto lá!)

domingo, 27 de setembro de 2009

Quarto para criança? (Ambientes impossíveis II)

(Imagem publicada em http://tudoedimais.blogspot.com)

Foi postado pela autora do post sob o título de “Boas ideias”! Mas deve ter sido na pressa, sem pensar!
Um quarto desses, não vai dar certo. Não é uma boa ideia! É só imaginar um pouco ...
Qualquer um que já arrumou uma cama ve: NÃO-VAI-FUNCIONAR!
Como vai ser para sacudir as cobertas, juntar brinquedos, virar o colchão?
Como a criança vai descer no meio da noite às pressas (seja por medo, seja para ir ao banheiro)?
Que trabalho seria dar um beijinho de boa noite!
Ver se não está dormindo destapada...
E sacudir a criatura de manhã cedo para ir para escola? Como?
Esse projeto é de quem não tem filho!
(E também não tem responsabilidade com o conforto na vida alheia!)

Agradecimento à quem informa a fonte

A Classical Fall Garden
http://www.midwestliving.com/garden/classic-fall-garden
Photographs by Janet Mesic-Mackie

Há uma imensa quantidade de blogs cujas postagens são fotos e mais fotos de outros blogs. (O material é principalmente de blogs em língua estrangeira). Sou grata aos autores fazem justiça à fonte, pois têm me permitido o prazer de conhecer coisas muito bonitas. (TÁ! Nem sempre! Tem muuuuita porcaria também! É que hoje estou boa e, quando boa sou ótima.)
Assim, saindo de http://femeablog.wordpress.com/
dedicado a viagens, jardinagem, decoração de interiores e culinária. Com muita propaganda, é claro! Mas com reportagens, sugestões e fotos interessantes.Gostei tanto que até fiz cadastro!
(Hoje, até mesmo eu me estranho!)

sábado, 26 de setembro de 2009

Atos privados

Há coisas que defiitivamente não devem ser feitas quando se está acompanhado. Nessa afirmação estão incluídas todas as formas possíveis de limpar o nariz!
Reunião sexta-feira à tarde é alguma coisa que valoriza imensamente o fim de semana. Faz sonhar com o fim do dia! Mas ontem tive uma experiência além!
Um colega fungando, a cada dois minutos. Entre uma frase e outra, uma sonora aspiração de secreções...
Céus! Foi acima de tudo o que já havia suportado! Os limites da minha tolerâcia foram dilatados à froteiras inimagináveis!
Eca!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Não. A minha tia não faz amigurumis!

Por que????
Falta de habilidade?
De jeito nehum. Ela tanto entende da arte que não precisa de receitas. Qualquer meia olhada basta! Se for do interesse, no outro dia estará fazendo. E faz Bem! Muito bem!
Por que então não faz amigurumi ???
Porque não serve para nada. . .
Da para por um prato em cima? Ela faz. Pode usar como tapete? Faz também. Mas bonequinhos não! Para que?! Bobagem! Usa essa linha para fazer uma barrinha de pano de prato, menina!
Difícil entender. Sem poesia. Sem a mímina atração pela coisas apenas fofas.
Não é a idade que justifica ter se esquecido da infância. Não foram as durezas da vida (pois a dela sempre foi tranquila e confortável).
É uma mente pragmática? Não. Acho que é, antes de tudo, uma necessidade insana de cobrir superfícies. Segundo meu tio - revestir o mundo de croche é o sonho da minha tia!

Crochet street art ???


Coisinhas de croche em todo canto sempre me desgostaram.
Tenho uma tia cuja casa é poluída de guardanapinhos, puxa-coisinhas, capinhas, tapetinhos... Tudinho de crochezinho! (E ela fala assim, quase tudo no diminutivo!)
Faz para ela e para os outros. Todas na família ganham panos de prato, toalhas e o que se possa imaginar de croche. Mas não é suficiente essa exportação! Para onde for que se olhe, na casa dela haverá algo de croche!
Agora estou com uma dúvida cruel: mostro ou não mostro essa aplicação inusitada do trabalho com agulha? Porque, conhecendo essa doce e obsedada criatura, sei que irá amar, mas é muito provável que o jacarandá da calçada logo ganhe uma roupinha!
(E não será exatamente pelo "conceito" street art que a tarefa será realizada.)

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Ambientes impossíveis (I)

Estava aqui, no "dolce far niente"...
Mentira estou com a síndrome pós-aula-com-duração-de-quatro-períodos! Mais quieta que coruja molhada, mais desanimada que ... (Cruz em credo! Muitos períodos seguidos são um perigo!)
Deixando a linha caipira de comparações e dizendo a verdade: estou me enchendo de cafeína para dar um "up" no ânimo e vagava pela rede para me alegrar um pouquinho. Acabei de sair de um blog com fotos de ambientes e já na primeira olhada alguma coisa não funcionou ...
Mais um exemplo de ambiente impossível de viver (viver bem, ao menos).
Eu olho e me pergunto para que serve? Parece uma sala. Mas para quem? É um cenário de loja e o objetivo é apresentar as peças para venda?
Há um conjunto de janelas que deixam entrar o sol (mas não servirão para mostrar a paisagem para que estiver na sala). Quase tudo está distante de tudo ....
Há muitos lugares para sentar. Mas a distância entre a maioria deles só permitiria uma consersa aos gritos. Há uma mesa central, equidistante de todos os acentos. Há um abajur que iluminará apenas a ponta do tapete ...
Também tem uma escada e eu morreria de medo se tivesse que descer por ali...

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Sonho de consumo (I)

http://rosylittlethings.typepad.com/posie_gets_cozy/
(All rights reserved. Please do not use my original photos or reprint my writing without asking me for permission. Thank you!)

Estava tomando café e achei essa preciosidade. .
Lembro da infância, canecas azuis salpicadas de branco.
Mas vermelhas ....
Ai! Esse vermelho me acendeu o desejo de posse.
Quero. Quero com força

Sinto muito, Alicia Paulson, mas não foi possível atender ao pedido. Vou colocar na postagem sem autorização, mas fica a lembrança para visitar de novo esse blog que tem fotos muito interessantes.
(É incrível como alguém pode fotografar um prato e uma caneca, ou um bezerro e fazer bonito.)

Cachorra doida!

Cheguei em casa fora do horário de costume. Deixei a douge abalada! A pobre estava dormindo e já é um pouco surda. Quando acordou foi de susto. Deu um pulo e arrancou em corrida desabalada com os latidos de "vô pegá!". Só se deu conta da besteira uns dez metros antes de chegar no carro. Parou no meio de um latido e juro... ficou constrangida!
Ainda não tinha visto isso. Meus dogues são bobos por natureza, mas a manifestação de consciência de ter feito besteira é algo novo mesmo.

"O tempo passa minha neta!"

Ouvi muito essa frase na infância. Sempre parecia coisa de vó estressada. Para de correr e pular e vai fazer a lição!
Agora será assim. A vida no relógio – porque estou desconfiando que o dia não tem exatamente 24 horas. É algo menos. Talvez bem menos. Para não ficar a sensação de culpa (Também! Fica na rede fazendo besteira e quer que as coisas aconteçam!) registro que esse post foi feito no sagrado horário do café e na produção toda, desde achar figura até clicar em publicar postagem, não levei mais de 10 minutos! Tenho dito.
(Desconfio que não era tão prosaico o significado da obra, mas é desse jeito que sinto. Não tenho tempo para sutilezas. Salvador Dali que perdoe! )

domingo, 20 de setembro de 2009

Amor, carinho e principalmente comida!

(Lembrar de voltar nesse site parece ter ilustrações muito fofas!)

Estava tentando trabalhar. Ler e escrever sobre o tema xkhjfhty exige alguma concentração. Coisa que está difícil. Abandonei as idéias profundas e complexas e me joguei na janelinha de postagem. Motivo: vem lá da garagem o som de uma séria disputa. Meu marido está brigando com a basset - que nesse início de primavera jura estar grávida. A pobre está emotiva, além do normal. Choruminga e uiva por nada. Olha para a gente com aquela cara de preciso-de-um-pouco de amor-carinho-compreensão-e-muita-ração!

O bicho só quer saber de comida e ninho! Pelo que entendi, ela primeiro assaltou o lixo, espalhou todas as embalagens de carne. Depois, rasgou o saco de carvão e foi para dentro! Ou seja, mais um para dar banho!

Vou ficar por aqui fazendo de conta que trabalho até que esse fuzuê passe. (E que a garagem seja limpa!)

Não. Hoje não sou uma pessoa solidária !

Concluindo as observações antropológicas sobre gênero (I)

http://www.ehow.com/how_2299878_give-brazilian-wax.html
No problem! $10 and a mirror are all you need.

Será que as mulheres realmente escrevem mais? Tenho a impressão que a blogosfera é feminina. Logo vai ter cota e estímulo extra para homens escreverem alguma coisa. Todos os textos interessantes que encontrei são de mulheres. É bem verdade que os mais mal acabados também! Tem cada bloguinho de chorar ... Corta o coração sentir tanta falta de senso. É algo como o conceito de “vergonha alheia”.
Acho que é isso! Pois então... que seja! Foi vergonha alheia que senti ao ler como a Zinha tinha “que levantar as pernas e afastar as nádegas para conseguir uma bundinha de nenê!”
Mas por que alguém se dedica a escrever isso?
Para causar comoção por tanto sofrimento? Buscar simpatia? Receber condolências?
Mistério!
Meu espanto foi maior quando, ao desistir de saber sobre a vida dessa mártir-da-pilosidade-em-local-íntimo, passei para um dos blogs que ela acompanha. (A preguiça é uma praga!) Em que post vou parar? Em outro sobre depilação de virilha! De novo saltei para um blog da lista, (agora, na lista da segunda peluda) e .... De novo!
Será a primavera?
Parece que toda macaca anda arrancado pelinhos e cacarejando bravamente sobre o assunto. E parece haver também algum tipo de concurso. Acho que está em disputa quem consegue fazer a descrição mais constrangedora.


Vocação para sofrer: Quase acabaram comigo!

Impressionante como cachorro comove. Impressiona também que a comadre já esteja acordada (Segundo ela apenas o suficiente para ler blog e mandar mensagem!) O poodle está bem. Só que à semelhança de alguns humanos, esse indivíduo aqui adora cultivar feridas de alma! Nasceu para ser sofredor. Se falar pudesse, ouviríamos dele, todos os dias: nada-de-bom-acontece-comigo (e suas diversas variantes).
O dougue sempre teve boca-doce, bate mas não machuca. O poodle vai ficar deprimido o resto da manhã. Logo que esquentar um pouco mais, ganha um bom banho para se livra da baba. Sempre admiro a capacidade desse cachorro (o dougue) produzir saliva. Ele pratica um ataque de baba que é um espetáculo. Quando a gente “resgata” a vítima (seja qual for o outro cão), a impressão é que a criatura foi imersa em clara de ovo.
Eca!

Primavera, primavera ...

Ah! Os ventos da primavera!
Com certeza essa é a estação que mais muda nossa vida. A volta do sol, das temperaturas amenas, a brisa suave e o verde explodindo e milhares de pontos. Muda também a disposição dos cães. Nem oito horas e meu lento despertar foi interrompido. Meu café e texto elucubrativo sobre as motivações humanas ficaram pendentes. Primeiro a brincadeira de pegar terminou mal: o dogue cego errou a curva e foi de cara na lixeira.
São praticamente crianças de três anos. Chorou, fez manha, ganhou colinho e biscoito. Depois, voltou para brincar, mas como estava frustrado resolveu bater no amiguinho. Agora estou com um poodle todo babado que não quer sair do colo.

Notas antropológicas sobre gênero (I): brazilian waxing

Há que considerar a variabilidade humana. Sempre. Existência de diferenças é algo necessário (e é bom que seja assim). Reconhecer que o outro não é igual (nem deve ser) e aceitar as variações é uma manifestação de tolerância e sabedoria. Mas...
Tudo tem limite. É óbvio que alguns temas serão mais importantes para algumas pessoas que para outras. Difícil é entender porque algumas mocinhas (porque aparentemente esse é um tema da faixa etária 20-30 anos) conseguem dedicar dezenas de linhas descrevendo, em detalhes extremos, como e para que fazem virilha cavada ou virilha com faixa.
(Ops! Tem bagunça lá fora...)

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Para que a sociedade nos paga?

A julgar pelas manifestações que ouvi na reunião da tarde, somos uma sucursal da Liga da Justiça e nossa missão é salvar o mundo! Infelizmente somos muito menos organizados e não temos poderes especiais (além da capacidade inesgotável de falar sem ouvir). Mas, em compensação, sobra entusiasmo. Isso é verdade!
Acho que todas as mazelas da educação, da saúde pública e da fome no mundo foram acaloradamente debatidas. As políticas públicas, do município à União, poderiam ter sido bem resolvidas - se, pelo menos hoje, alguém nos ouvisse.

Se um pudesse escutar o que o outro dizia seria até perigoso. Talvez até terminasse em briga ... Porque enquanto alguns crocitavam ser a favor, outros declaravam, a plenos pulmões, ser absolutamente contra. Às vezes era sobre o mesmo tema, às vezes não. Em parte, a confusão de discursos ocorria porque a coordenadora da reunião construíu uma pauta meio confusa. Sabe como é, sexta-feira ... Mas havia muito da natureza humana ultrapassando a pauta!
Diante de tanto desencontro e nobres intenções foi uma benção poder entrar muda e sair calada.
Ao final de duas horas de intensas manifestações, o cansaço foi baixando os tons de voz e concordou-se, dessa vez de modo unânime, em continuar salvando o mundo em outra reunião. Na próxima semana, em data por marcar.
Eu mereço um bom fim de semana!

Por que quem-não-tem-o-que-fazer vem não fazer comigo?

Por que o oompa-loompa dessa postagem aparece pintado de roxo?
Hipótese 1: o episódio do início da manhã foi muito impactante e a única forma de exorcizar a imagem é reproduzindo uma cópia fiel?
Hipótese 2: Depois da postagem anterior, resolvi brincar de colorir - porque não tenho nada mais previsto para hoje e, assim, o tempo passa mais rápido!
Hipótese 3: Em desespero, para tentar me acalmar abri a última imagem acessada e comecei a fazer qualquer coisa. (Incluindo esse texto.)
É difícil fazer alguma coisa que seja útil com uma colega cacarejando na sala. Eu me pergunto, do fundo alma: Se não tem o que fazer por que chegar cedo?

Fiquei pintando oompa loompa, digitando e fazendo cara de salame até a sem-noção encerrar a narrativa lamuriosa sobre a umidade-das-paredes-da-casa-nesse-tempo-terrível. Finalmente desistiu de mim, mas saiu magoadinha: É! Estou vendo que você está ocupada!
(Pena que o objeto da minha frenética atividade no computador ela não viu!)

E lá se foi um pedaço da manhã ...

Oompa loompa roxo-uva-adamascado

http://www2.warnerbros.com/wonkaindustries/img/downloads/wallpapers/wallpaper1280_oompa1.jpg


Alguns dias são estranhos, desde o começo. Hoje promete. No estacionamento fui interpelada por uma colega usando uma re-leitura do traje típico oompa-loompa. Ela é mais velha que eu, mais baixa. Mesmo que fosse magra ainda teria todos os depósitos adiposos localizados típicos de uma mulher com mais de quarenta anos (leia-se saliência de barriga e culote).

O mistério é: o que faz alguém nesse condição entrar em uma loja, retirar do cabide, experimentar e comprar um macacão roxo-uva com capuz? Teria algo pior? Sim! Se o referido traje for em veludo adamascado! Sim! Se for corte skinny! Sim! Se for usado com ankle boot bege!

Pois bem, foi uma criatura assim que me perguntou - sem bom dia, ou oi-tudo-bem - "O que você vai falar na reunião de hoje?"

Ããã?? Custei a sintonizar uma resposta. Era muita informação surreal para um início de manhã.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

De onde veio?

(Imagem sem créditos, copiada de um blog qualquer - qualquer mesmo!)
Tenho paixão por imagens. Qualquer tipo. Pode ser paisagem, pode ser flor, bicho, desenho e até mesmo gente. Confesso um gostar especial: casas, ambientes, locais de viver. Com isso tenho enchido a alma nos últimos dias. Há imagens lindas. Algumas, contudo, não suportam um segundo olhar. Definitivamente não são lugares para levar a vida. Composições visualmente lindas - mas impossíveis para as atividades previstas. Se é bonito, relevo. Um cenário para uma vida de mentirinha, fantasia apenas.
O problema é que cresce uma ira quando vejo um blog enfeitado por imagens sem créditos. O que custa dar a referência. Está na rede é para ser usado? Sim! Tudo bem, essa é a grande magia da rede! Mas escolher uma cor, um ângulo de representação também merece respeito.
Não tenho coragem de simplesmente “pegar” uma imagem, pelo menos a indicação de onde ela veio deve estar junto.
(É claro que são exceções o simplório prato e o rolo de papel higiênico com coelhinhos – essas faço questão de esquecer de onde vieram!)

Outra vez ...

Majesty tocando a todo volume no laboratório... De novo!
Nós nos repetimos. Nem sequer somos originais. Sentimos o que outros já sentiram e descreveram. Alguns com grande competência, outros de modo muito mal acabado. O tempo que passa reforça em mim a idéia de que a humanidade é feita em moldes. Já vi muitos. Reconheço vários, em essência são iguais.
Quase dez anos depois, voltaremos a ouvir Blind Guardian. E não é só isso! O pacote vem completo! Com direito a conversas sobre a obra de Tolkien também!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Né! Né? Nééé?

Seminário de projetos, oito horas da manhã. Era obrigada a ir? Não. Mas era da colega. Colega desde o tempo da escola. Seria uma descortesia. (Essa palavra existe?) Se imaginasse, se existisse a mínima suspeita, teria ido ao mercado. (É ótimo às 7:30, pouquíssima gente, verdura novinha...)
Cheguei e já estavam montando o picadeiro. Acerta cabo, liga multimídia, testa som ... Não deu para raciocinar e também não haveria desculpa razoável. Afinal, já estava lá! Quem manda não ter agenda organizada? Tinha visto o cartaz, mas não tinha registrado o fato. Consequência: lugar garantido na primeira fila. Sem direito à qualquer justificativa fraca mas aceitável. (AH! Com essa chuva me atrasei! Não quiz interromper! Quando cheguei já havia começado!)
Não lembro ter ter sentido tamanho desconforto nos últimos anos! A apresentação começou com um "Bom dia, né?" . Seguiu-se um "Pois hoje, né, iniciamos, né, a apresentação dos seminários, né."
E assim foi, né, por 78 minutos. Marcados no relógio, né.
Tenho "nés" ecoando no meu cérebro até agora.
Como alguém que é professor a mais de quinze anos pode se comunicar assim????
Que tipo de "falta de noção" é essa???
Mas, principalmente: Como os alunos aguentam isso???

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Horizonte perdido



Nenhuma ligação com o filme. A história apresentada por Capra era mais animadora – acenava pelo menos com a possibilidade de retorno. Isso foi suficiente para o personagem sobrevivente.
Meu horizonte perdido é o que aconteceu com a foto que abre a postagem. Um cenário lindo destruído por uma adição tosca. Moro em um lugar de beleza ímpar que aos poucos vai se transformando. Lentamente mas para sempre. (Sábio Ferreira Gullar!)
Fui andar ao amanhecer. Há mais de dez dias não passava por aquele caminho. Era bom de parar, olhar em volta. Perfeição. Nada para retocar. Só que agora, bem no meio da paisagem, surge um esqueleto de casa. Se eu fosse dona do mundo teria lugar onde casa não existiria.

No es lo mismo pero es igual ...

Um pouco mais, não do mesmo, de um igual.
Hoje é o dia!
Para tudo tem limite. Até para ser simplória. Não basta ser ingênua para me comover. Depois de percorrer linhas e linhas sobre o passeio no "chópin" com maridão e família, dou de cara com a foto do brócolis no prato.
Agora acho que os limites foram ultrapassados. Tudo bem, algumas verduras no nordeste talvez sejam raras. Acredito na autora. Mas pensando um pouco, blueberry não é comum por aqui. Nem por isso me abalaria a tirar foto das poucas que consigo.
Não deixa de ser engraçado imaginar a cena. A tia ocupada na produção da foto, escolhe prato (tira do armário a melhor louça da casa). Coisa para fazer as miguchas tontearem de inveja. (Olha só onde ela come arroz com feijão e brócolis!) Arranja e rearranja os elementos do prato e toca a fazer montinho de arroz. Coisa para deixar as miguchas passadas! (Olha que fineza! O arroz é moldado! Que luxo!) A trabalheira toda resulta na aparência de que as coisas foram jogadas por ali.
Parece alguma coisa como a antimaquiagem! Gasta-se um bom tempo para não parecer maquiada! Mas só parece. Não é! Apenas falta de jeito. Falta de senso.
Cansei!

Pobre (mas limpinho!)

É minha nova mania. Deppois dos blogs de culinária passei para o tema decoração. Muita foto, muita ideia, coisas para olhar com atenção. Também muita brejeira mostrando casinha, toalhinha sobre estante, e por ai vai. Olha como ficou fofo o arrajo que fiz! (Três rosas murchas e tortas junto com uma folha de espada de São Jorge.)
Nada contra socializar a felicidade. Só que hoje acabei com uma pontada de ... Sei lá ...
Alguma coisa que não encaixa bem, fica fora do quadro... (Estou indefinida hoje.)
A foto mostra a singeleza e a planura da alma. É como uma criança. Com um rabisco tosto em uma folha, feliz com o desenho que ninguém reconhece...
O que desencadeou essa crise que meiguice? O banheiro social da comadre que está construindo uma casinha. Isso! Apenas isso! Agora ela tem banheiro social! Tão social que até mereceu a compra de papel higiênico com uma estampa fofa de coelho!
Confesso. Meu coração, pedra de sal e gelo, derreteu um pouquinho. Se alguém consegue ficar feliz a ponto de publicar foto do papel higiênico do lavabo... (Ops! Agora me dei conta. É pior. Não era lavabo, era apenas o segundo banheiro da casa!)

Há que lembrar do sermão da montanha - bem aventurados os humildes de espírito pois eles... Como terminava? Não sei. Mas acho que eles serão facilmente felizes.
Acho que descobri. É claro! Foi uma pontinha de inveja. Alguém que fica feliz com tão pouco tem uma vocação invejável para a felicidade!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

No céu!

Era gincana de colégio. Detalhe sem importância! O DJ era um evento à parte. A música detestável (ado, ado, ado, cada um ...) desapareceu quando comecei a olhar o carinha. Dezesseis, dezoito (no máximo), alegria e entusiasmo distribuídos atrás da mesa de som... Tinha criança parada, de boca aberta, olho vidrado. Tipo: Quero ser assim quando crescer! Ele pulava, tremia, dançava, sorria. Mas não era um show. Não havia palco para ele e acho que nem tomou conhecimento do quanto chamava atenção. Era uma festa particular, dele com a própria felicidade. O resto do mundo teve o prazer de ser testemunha. Só isso. Simples e fácil.