quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Capturada pela renovação

Ano Novo vida nova? Não. Não precisa tanto. Mas organizadores novos SIM!!! Não resisti, tinha resolvido só pensar nisso depois das férias. Não-Consegui!!! Devo admitir, nem foi porque a agenda é linda (não é tanto assim). É digna, passável, no máximo interessante. Só que tem "apelo" ecológico: folhas não branqueadas (que eu gosto). Ia comprar um organizador semanal. Nunca usei, mas sempre gostei da idéia. Achei feio e caro (mais feio que caro). Não consegi me conter e comprei um caderno (mais um) para ter a mesma função. (Vai ser feio, mas só por dentro. Por fora, a capa é um cachorrinho em raio X, com coração vermelho.) Agora, feliz, feliz, vou iniciar meus planejamentos. (Escondida, porque se não vai ter marido surtando. Estamos em uma incrível de-sintonia! Eu sei que essa palavra não existe.)

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Nossos índios

Pequeno índio Guarani / Little Indian Guarani in St. Michael of the Missions ©G.Schüür http://www.panoramio.com/photo/19171433
Eles sempre chegam na época de festas. Nômades dos tempos modernos apresentam no chão o artesanato que fazem. São bons na cestaria. Esculpem de modo ingênuo, mas com resultado muito agradável. Tucanos, onças, tatus, corujas em madeira macia e branca com detalhes queimados. No mais, pedem esmolas. Crianças e mulheres sujas estendem as mãos pedindo moedas. Esses são os nossos índios.

Promessas para 2010


Prometo que vou me organizar para não esquecer as sacolas de pano em cima da mesa ou dependuradas na escada ou em qualquer outro lugar. Prometo também me controlar e não pensar em bater no rapazinho do caixa quando ele insistir em primeiro empacotar minhas compras nas sacolinhas de plástico para depois enfiar tudo de qualquer jeito nas sacolas de pano. Prometo.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Saudades da mesa

Estava com saudade das minhas plantas, da minha mesa com a papelada acumulada. Sou doida? Talvez, mas não será só por isso. Tinha o que fazer no feriadão. Coisas para ler, coisas para escrever, outras para corrigir. Fiz na maior paz, como manda o Santo Feriado! É verdade que fiz "escondido" porque é constrangedor o olhar de pena que as pessoas fazem quando descobrem que trabalhamos em casa. Fazer o que? Tenho a imensa sorte de gostar do que faço. O único imprevisto foi a chuva e falta de rede depois. Agora, café na minha frente, rede funcionando plantas e peixes já devidamente alimentados, começarei meus trabalhos. E estou em um prédio praticamente vazio! Somos onze, distribuídos em quatro andares! Ah! Se fosse assim sempre... Ah! Se eu pudesse ficar sentada numa bola ... Ah! Se estivesse frio para usar pantufas ...
(Sonhar não tem custo. Ainda bem porque senão estaria falida!)


Confiando no “Milagre de Natal”

Lista de mercado pronta. – Minha pesquisa era sobre donuts, mas essa receita eu vou tentar fazer. Qual a probabilidade de sair semelhante? É baixa (tende para zero). Reconheço meus limites (mas o tutorial pirata de Cookie Craft me enche de esperanças!) E o que restou do “Espírito de Natal” pelos cantos da casa deve ser suficiente para manter a minha fé até o final! (E obviamente, vou - vamos - nos alegrar mesmo com um produto final menos - bem menos - refinado!)

domingo, 27 de dezembro de 2009

Sonhos de uma noite de verão

O calor está no limite do suportável (considerando que a gente entra e sai da piscina desde que acordou). Mas as fotos do site BAKERELLA me fazem desejar ir para a cozinha! Que importa se está um calor dos infernos?

Enfim a PAZ!

Acabou! Acabou! Eu adoro quando passa o Natal! Casa vazia, criança dormindo, da gosto de levantar cedo! Café da manhã sem atropelo, sem sair correndo porque o suco acabou, o pão murchou e não tem mais ovo. O "Espírito de Natal" é uma fantasia que faz parentes que não vemos à séculos se instalarem na nossa casa e nos darem presentes estranhos. Sobrevivi e agora até posso pensar em gastronomia natalina.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Minha nova aspiração: lenda urbana

Não sei se tem limite. Se existir estou próxima a ele. Quantos blocos, cadernos ou agendas uma pessoa normal pode/deve ter? Não vale zero e o meu problema é com o máximo. Tenho uma agenda para casa. Tenho uma agenda pessoal. Tenho minha agenda para o trabalho. Tenho meu bloco de notas na bolsa. Tenho outro na pasta. Tenho um caderno para cada projeto. Estou me transformando na mulher-prateleira-de-papelaria. A nova lenda urbana. Loira-do-banheiro? Ninguém vai lembrar dela. No futuro distante (porque não espero morrer cedo), nesses corredores, quando alguém repetir três vezes "preciso anotar isso", prometo aparecer dando gargalhadas!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Todo o tempo do mundo!

Claro que eu posso esperar! Sem problemas! Pode mandar amanhã. Ou nunca! Meu momento de revolta. Por que uns (eu) devem correr deseperados pelo mundo (real ou virtural ou neuronal) para cumprir prazos e manter compromissos? Não sei. Não sei mesmo porque faço as coisas assim. Mas faço e isso no final me alegra, é apaziguador. Outros não. Tem prazo? Que importa, basta ter desculpas! Avaliação é um processo. Sim. Com várias etapas e essa é a última. Notas publicadas, o que podia e devia ter sido feito já foi.
Não conseguiu entregar o trabalho há duas semanas?
(...Desculpas+Justificativas+Promessas...)
Que pena! Não está pronto ainda?
(...Desculpas+Justificativas+Promessas...)
Sem problemas. Pode me entregar depois!
(...Desculpas+Justificativas+Promessas...)
Quando? No final do próximo semestre. Mas não esquece: tem que se matricular de novo, tá?
(...Desculpas+Justificativas+Promessas...) (...Desculpas+Justificativas+Promessas...)
HAJA-PACIENCIA!

Recomposta

Depois da correria do início da manhã consegui me organizar. Sacrifiquei o café para terminar a maquiagem. Porque isso de se maquiar no carro é complicado, mesmo com os meus itens ultra-básicos! Porque sou especialista em anti-maquiagem e me aborreceria alguem perceber que estou maquiada. Coisa de doida, eu sei. Claro que faz diferença, ter ou não colocado base, ter ou não usado lápis no olho e sombra (msmo que seja uma só). Só que fazer isso não "aparecer" exige boa luz e para "esfumaçar" tem que ter leveza e estabilidade. Aluguei o banheiro por 10 minutos e refiz tudo. Saí como uma nova mulher (pelo menos na alma). Pronta para o restante. E como tem resto hoje! Tudo que sobrou de desagradável tem que ser resolvido até quarta-feira! HORRROOOOR!

Run, baby,run

(Hoje vai ser assim! Sem clase, sem elegância, só correria doida.)
Acordei atrasada e por infelicidade caiu na minha mente o refrão "run, baby, run". Nada haver com meu momento de pressa utra-expressa. Porque o ritmo é calminho, mais para preguiça e soninho. E eu preciso de adrenalina. Estou tentando dar um reset, mudar para algo Metálica dramática, mas parece impossível. Acordei com a trilha sonora errada e não consigo refazer! Com essa cançãozinha melosa, eu não sobrevivo até às 10:00!

sábado, 19 de dezembro de 2009

Vingança: não basta ser doce, tem que ser dark

Eu gosto de sentir fome. Sei que tem coisas que não devem ser ditas. Declarações sobre assuntos íntimos sempre devem ser evitadas em ambiente de trabalho. Mas não contava com um reação tão intensa ao afirmar que é agradável sentir fome. Juro, não queria ofender nem magoar. Porque a minha fome é transitória, porque é só a antecipação da saciedade? Foi isso que causou o mal estar? Para três mulheres em dieta eterna acenar com o paraíso da fome saciada é demais? Ah, vão se catar! Só por desaforo, dessa vez ato bem consciente e propositado, desci, comprei um Magnum Dark e voltei. Desfilei solenemente com aquelas trocentas calorias equilibradas no palito. Não houve comentário enquanto pegava meu café. De fato, já me disseram, café com sorvete é estranho. E daí? Eu acho muuuuito bom! (Vou procurar uma boa figa e pendurar no pescoço! Porque depois dessa...)

Nossa vida nos armários

A faxina no armário do escritório rendeu. Há muito tempo não mexia nas caixas da estante mais alta. Foi, em um segundo, voltar o tempo. Em um toque, rever, sentir de novo. Sei que é muito bobo, que é falta de despreendimento. Não é racional, é amor incondicional... É só uma caderneta em espiral, com uma fada das flores na capa. Como todas as agendas de berçário, registra quando e quanto ela mamou, quando dormiu. E durante duas semanas, uma funcionária recém-contratada escreveu "fes cocó". Mas não consegui por fora! Nem eu, nem meu marido. Só tocar na capa desse caderninho nos trouxe um bebe de volta.

Fim de semana sem chance de romance!


O Espírito de Ano Novo nos atingiu. Meu marido é muito sensível à chegada do verão. Há duas semanas, seguindo o rastro de empolgação deixado pela da montagem do pinheiro, meu marido começou a pintar coisas. Que coisas? Praticamente tudo. Da garagem ao telhado, os arremates que o pintor deixou para trás. É bom? Depende. A casa está muito bem arrumadinha. PORÉM, haja paciência para ficar ouvindo reclamação. De dia, comentários sobre o serviço mal-feito-mas-muito-bem-pago do pintor. De noite, gemidos de dor nas costas, dor nas pernas, dor nas mãos. E eu faço o que? Vou fazer faxina nos armários. Pelo menos também terei do que me queixar!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Perdida na confeitaria

(Tão velha e estreita quanto, mas sem lâmpadas acessas!)
Tive uma ausência de sentidos na confeitaria. Nada de desmaio. Foi algo menos chocante, mas muito estanho. Iniciou com uma sensação de distância, favorecida pelo cenário. A loja é estreita, comprida e com uma fachada toda de vidro. Lá dentro há penumbra. Nada de luzes durante o dia! O sol batendo na rua é que ilumina o ambiente. Fiz meu pedido, sentei e foi como se um filme iniciasse. Uma sessão de cinema particular. Fiquei vendo gente passar na calçada. Uns com pressa, outros sem destino, criança pulando, criança no colo, gente feia ou bonita. Só isso. E enquanto eu olhava gente passando, esqueci. De mim e de tudo! Quando voltei (e não sei o que me fez voltar desse transe estranho) tinha perdido a noção do tempo. Há quanto eu estava ali, só olhando? Não sei, mas o café estava bem frio. Estranhíssimo esse acordar sem ter dormido. Acho que preciso de férias. (E seria bom que fosse logo!)

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Aura de avenca

Tenho colegas (Sim, no plural!) que acreditam em aura. É por isso que discutiram no café. Maior bafão. Saíram todas com a dita cuja sem brilho, empanada em farinha de rosca.(Estou com fome e minhas metáfora ficam todas culinárias. Podia ter usado embaçada, mas estou sonhando com risoles.) Resta saber porque duas mulheres adultas se irritam porque uma acredita que a planta tem aura escura e a outra diz que é bobagem! Eu, que nada entendo de tais mistérios, assisto de longe e juro: jogo café quente para cima de quem tentar me explicar!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Aquiles e eu temos algo em comum.

Um calcanhar fraco! Rachado? Não. (Era só o que me faltava!) Acontece que esse é o segundo verão que compro sandálias e sapatilhas que machucam demais. E não tem como evitar. Na loja, tudo de bom! Uso a primiera vez e não tem problema. No outro dia, só não acabo descalça porque acredito em manter a compostura. Como um sapato se torna assassino de um dia para o outro? Estou com bolhas e elas não vão sumir até amanhã. Tem outra opção? Tem. Comprei duas sandálias no ano passado que não machucam o calcanhar, mas apenas porque não ficam presas no pé. É literalmente sair batendo tamancas!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Brincando de empresa?

(Só falta um lugar para depositar uma gota de sangue para posterior extração de DNA. Falta também o lugar para perdurar a fitinha e transformar em crachá!)
Fui hoje pela manhã em uma reunião nas engenharias. Lembrei de um colega e a vontade de exportá-lo cresceu. De fato ele não nos pertence. Deveria se mudar e acredito seria muito mais feliz. Lá todos usam crachás. Alguns usam mais de um! Todos tem foto e fitas coloridas! Fiquei imaginando, onde pensam que andam. A instituição é um ovo e portanto não há como se perder. Aqui todos se conhecem, os estranhos são poucos e só vem por convite. Diga-se também que não há portas eletrônicas para serem abertam com códigos de crachá. Por que então? É como brincar de empresa? Ai,ai! Essa gente me dá é medo. (E ainda assim, vou ter que trabalhar com eles, em equipe! Suspiro. Vários suspiros!)

Vampiro casto! E eu nem posso fazer piada.

Ontem fui ao cinema com uma turma de teens. Lua nova. Chato, entediante mesmo. O primeiro tinha mais correria, era mais animado. Contudo reconheço os méritos de uma história pensada em todos detalhes para ser oficialmente aceita e não causar polêmica. Que a dupla terá uma filha todos sabem, mas nunca tinha pensado nas consequências e interpretações. Tipo assim: Bella será uma "mãe adoslecente" com 18 anos? Será uma gestação não planejada (Ou vai ser o golpe da barriga no vampiro?). Claro que não. No filme ele pede um tempo. Não consegue e então pede a mocinha em casamento! Antes disso, só uns beijinhos muito rapidinhos! Será que vai ter cerimônia na igreja? Porque filme para menininhas não pode afrontar a moral e as idéias mais conservadoras. Já imagino a horda de pais enfurecidos contra o desvirtuamento de valores. E ... Sendo sincera comigo mesma... , até faria coro com os protestos!
Contraditório? Sim. O que escolhi para mim, não escolho para os meus? Mais ou menos.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Sei lá o que me deu!

Quando dei por mim (ou como diz a minha ajudante "criatura, quando si dei conta") ... Estava segurando uma calça de malha molenga e considerando a possibilidade de entrar no provador! O que me impediu? Acho que foi a estampa de onçinha+musgo-árvore-da-floresta. Sim, tinha tudo na tal estampagem. Por que então peguei essa m...? Porque era geladinha, macia, super lisa e ... Bem, seja como for, me recuperei e nem foi preciso gritar sai-que-esse-corpo-não-te-pertence. Acabei comprando coisas mais dignas.

Descanso merecido


Se eu ganhasse por kilômetro rodado, hoje estaria bem paga. Depois de ir e vir, subir e descer, minha lista acabou! E ainda não era 10 horas! Antes de voltar decidi enfrentar o mau humor das tias da confeitaria. Pois não é que não estavam lá? As velhas mal educadas que há anos nos servem doces e salgados, que compensam todos os maus tratos possíveis, foram substituídas! Agora, dois garçons (também velhos) servem as mesas e um pega os doces no balcão. Ainda tem problemas de gerenciamento: os que entregam nunca sabem quem pediu. Mas com isso já estamos acostumados. Depois descobri, a mais velha delas está se recuperando de uma cirurgia e a outra está de cuidadora. Voltarão um dia (afinal são donas do negócio) e até lá os "nonos" darão conta do serviço.

Jacarezinho colado


Vi uma entrevista com os representantes da Lacoste contando a história da marca. Hoje camisa pólo tem que tem um bicho bordado (já vi canguru, pinguim, cavalo). Ontem estávamos falando (escrevendo) sobre isso quando tive que sair. Agora, a tarefa que me cabe nessa manhã de sábado é ingrata: terminar de arrumar o pinheiro. Por isso, desviei da sala para o esritório e vim me atualizar nas conversas perdidas. Acabei de novo na situação de dar risada sozinha. Uma delas contou de uma tia que comprava camisas Lacoste para o maridão e, quando elas não estavam mais "apresentáveis", recortava o jacaré para colar em camisas mais baratas. Pode? Como desculpa ela arremata dizendo que "A família sempre achou essa tia meio estranha!". Estranha? É pouco!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Terminei!Terminei!

E o resultado foi bom. Mais que isso, direi justo! O que parecia às 8 da manhã um desastre irremediável acabou melhorando. Salvaram-se todos! Salvou-se principalmente a minha prática pedagógica. Porque é triste, ao fim de tudo, um professor chegar a conlcusão que só ocupou o tempo das criaturas e o aprendizado, a mudança de concepções, ou seja lá a transformação que for, não aconteceu. Deve ser muito desalentador encontrar-se nessa situação. Ser como vento sobre os páramos, que passa sem mudar uma pedra de lugar. É uma outra forma de definir inútil. Por isso, sentimento de dia ganho. Missão cumprida. Estou pra-lá-de-feliz!

A obra e a releitura


(Acredite, esse par-releitura-nacional está a venda em um "bazar"virtual por 50,00! Com o seguinte comentário: "Usado apenas uma vez, em aniversário de 15 anos." Pode? Terá doida para pagar tanto por isso?)
Estávamos comentando sobre o styledrops.com (sapatos) e alguém descobriu que ainda tem sapato Prada degrade para vender. Isso levantou um animado bate-boca. Longe de mim querer saber quem inventou. Existem e pronto. O fato é que a maldição dos sapatos em degrade foi forte dois anos atrás. Aqui as coisas chegam sempre "um pouquinho" depois. Por exemplo, nesse verão o "hit" é ... SANDÁLIAS EM ESTILO GLADIADOR. Sério, tem loja com cartaz anunciando: Gladiadoras exclusivas!!! Assim sendo, a releitura dos sapatos degrades da marca PRADA também andou por aqui em vários pés. (Nos meus jamais! Sempre achei feioso). Nessa parte houve consenso. Todas lembraram de ter visto como os bicos, finos demais, entortavam e ficavam como os sapatos das bruxas das histórias infantis. (Tem bruxa de história não-infantil usando sapato de bico fino?) Sei lá. Vou procurar.

Quer me irritar? Me da um Papai Noel de EVA!

(OBs.: Esse Papai Noel, antes de ter ganho a lembrancinha, entrava lista dos feios. Agora, foi promovido, é quase lindo!)
Sou capaz de fazer uma besteira! Só da minha filha, quando ela estava na pré-escola, aceitei uma coisa tão tosca! Pois não é que chego e tem uma coleção deles em cima da mesa do café! Rolos de papel higiênico cobertos com EVA vermelho manchado com o excesso de cola que escapou pelas bordas mal recortadas. E cabeças tortas de fuxico branco preenchido com nuvem de poliéster, e barbas de lã bouclê e botões de cartolina e ... Horror! Horror! É possível imaginar que um indivíduo adulto, aparentemente sem déficite intelectual acentuado, tenha passado várias horas perpetrando esse artesanato inqualificável? E para que? Para presentear os colegas, “... contribuindo para que em nossos lares o Espírito de Natal esteja cada vez mais presente, trazendo Paz e Alegria!” (Dizeres do amável cartãozinho que acompanha o mimo.) Ele está em cima da mesa. Estou escrevendo com essa aberração vesga de EVA me olhando (um olho para mim, o outro para a porta).Cadê o lixo? Cadê o lixo para eu me livrar desse despacho?

Pollyanna como inspiração para sexta-feira

Porque estamos todas corrigindo provas e concluímos: mais do que meia hora lendo respostas (algumas muito ruins), não há quem aguente. Sem uma pausa, eu sou capaz de provocar uma reprovação em massa! Também porque hoje é sexta-feira. Resolvemos ativar a rede da maledicência, com dois caminhos possíveis. Falar mal e lamentar as decorações natalinas da instituição é um deles. Porque agora, não é só no nosso prédio! O outro é discorrer sobre a alma humana , mas só olhando para os pés! Acontece que Louboutin / Prada empataram com o artesanato tosco. Antes, em três, não acontecia isso. Serão os dois temas disputando postagens no Twitter. Não levo fé nisso. Com um assunto só, já fica confuso. Mas... Vamos lá! Vou exercitar meu lado Pollyanna: quanto mais não seja poderemos rir de nossa patetice em não entender os posts.

Como ter estilo, classe, elegância?

http://www.cutecl.com
Mal começou o dia e já ganhei uma piada.Quando me contaram, não acreditei. “Tem colega nossa que compra sapato e tem que levar direto para o sapateiro” - comenta em "off" EspíritoDeLuz, na sala do café. Por que? Ela tem problema nos pés? Perguntei por perguntar. Que em nada me interessam os joanetes alheios (Bastam os da minha mãe!) A resposta me tirou o ar. Quase fiz um lambuzo virando café. "Não, não tem não! É para o sapateiro pintar o solado de vermelho."

Como-se-fosse-um-Louboutin!
Essa foi a melhor dos últimos meses! É muita pobreza (material obviamente e de inteligência também!) Quem, com mais de seis anos de idade, pensa que os outros acreditam que é uma princesa só porque está usando uma coroa de plástico com estrelinhas de purpurina? Quem, a não ser a Perua Torta, teria uma idéia dessas! Ai! Acho que agora, depois que passou a vontade de rir , estou sentindo vergonha alheia! Mas sei que não vai durar muito e, no que passar, vou procurar os pés dessa criatura. Tenho que ver com meus próprios olhos.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Solado de plástico, palmilha e duas tiras de couro

(Essas pelo menos são sandálias, não voam do pé quando eu corro. Sim, porque eu corro. Em várias situações, por diferentes motivos, em momentos que são sempre imprevisíveis. Preciso de estabilidade no solo.)
Um chinelo é composto por um solado (no caso é de plástico), uma palmilha também de plástico (com estampa que não vai aparecer porque o pé fica em cima) e duas tiras de couro com enfeites de gosto duvidoso imitando flores ou com "pedrarias" (que eu achei horrorosas). É só isso. Não tem mais. Sendo assim, porque custam 129,90? São mágicos? Realizam desejos? São versões moda-verão das botas do gato-de-botas? Ou os lojistas da minha cidade enlouqueceram?
(Tive um rápido intervalo que deu para ir ao centro comercial me decepcionar com o ramo de calçados!)

Talvez amanhã o banheiro esteja assim... Ai,ai!

Eu tolero a bagunça, os papéis desalinhados, os livros inclinados na estante. Eu não me importo com canetas dispersas e tampas trocadas. Eu frequentemente faço anotações em pedaços de papel e até deixo cair no chão as casquinhas de lápis quando uso apontador. Ou seja, eu suporto bem o caos em doses moderadas e até mesmo uma sujeirinha. Porém, contudo, todavia, a ornamentação de Natal está vários degraus acima da minha capacidade de indulgência. Tem bolinhas de Natal e fiapos de festão até na porta do banheiro. Tem não, tinha. Porque agora tem no cesto. Só quero ver se alguém tem coragem de resgatar o mimoso adereço.

Eu passo mal com a decoração de Natal.

http://cannedamathome.blogspot.com/2008/12/christmas-trees-good-bad-far-out-and.html
Nessa época do ano eu tenho vertigens, meu estômago se contrai, o ar me falta ... Exagero. Não é tanto. Mas a perplexidade é verdadeira. Entra ano, sai ano e eu não me acostumo com as decorações natalinas desse povo aqui. Tenho problema com artesanato mal feito. Sinto dor quando vejo Papai Noel torto, anjo vesgo, rena parecendo hiena. É muito difícil evitar o desgosto. Para cada direção que eu olho, lá está um exemplo de decoração problemática. Aqui estão sobrando bolas de plástico com cores estranhas e pequenos pacotinhos de presente mal atados. Fizeram "uma vaquinha" para comprar esses itens de 1,99. Acredite! Agora não tem mais onde encarapitadar essas coisas. Os cinco pinheiros nevados de trinta centímetros não suportam tanto adereço! Para arrematar, dessa vez alguém comprou festão dourado e vermelho. Está pendurado na porta da secretaria! Na outra sala, pendurado na janela tem um Papai Noel inflável!
Como é que Jesus não se joga da manjedoura!?

Estou cuidando prova. Acredita?

Prova dialogada e que não é cola! Isso não existe, mas faz de conta. A idéia fantasiosa de que ao responder uma questão de prova o aluno pode estabelecer um diálogo imaginário com o sujeito que fará a correção. No caso, eu! São os avanços da metodologia do ensino. Como eu cai nessa, não vem ao caso. Agora, graças a outros avanços, estou postando em quanto cuido prova. Ah! Eu amo a tecnologia! Há pouco levantei para responder uma dúvida. (Sim, porque obviamente meus alunos não se contentam com diálogos imaginários!) Quando voltava para o meu lugar, fiquei no limiar riso e dó! Num acesso de bondade (já no espírito de Natal) permiti que a parte discursiva ficasse a lápis. Não me importo de dialogar com lápis (a minha caneta continua sendo vermelha). Tem uma menina com uma calça preta de malha TOTALMENTE tapada de cisco de borracha! Ela não vai conseguir tirar essas cacas sem ajuda de uma boa escova. Ainda bem que não é escola fundamental. Porque se filho meu chegasse em casa no estado que essa criatura está, eu reclamava para a professora!