terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Perdida na confeitaria

(Tão velha e estreita quanto, mas sem lâmpadas acessas!)
Tive uma ausência de sentidos na confeitaria. Nada de desmaio. Foi algo menos chocante, mas muito estanho. Iniciou com uma sensação de distância, favorecida pelo cenário. A loja é estreita, comprida e com uma fachada toda de vidro. Lá dentro há penumbra. Nada de luzes durante o dia! O sol batendo na rua é que ilumina o ambiente. Fiz meu pedido, sentei e foi como se um filme iniciasse. Uma sessão de cinema particular. Fiquei vendo gente passar na calçada. Uns com pressa, outros sem destino, criança pulando, criança no colo, gente feia ou bonita. Só isso. E enquanto eu olhava gente passando, esqueci. De mim e de tudo! Quando voltei (e não sei o que me fez voltar desse transe estranho) tinha perdido a noção do tempo. Há quanto eu estava ali, só olhando? Não sei, mas o café estava bem frio. Estranhíssimo esse acordar sem ter dormido. Acho que preciso de férias. (E seria bom que fosse logo!)

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