terça-feira, 14 de abril de 2009

Vou ganhar! Sou mais que má!


Apostei com a minha colega. (Não é todo mundo que eu desprezo!) Digo que logo vamos ter saruel. Ela acha que será cintura alta!
Claro que não contei que já vi o Espírito de Luz discutindo sobre o tema, munida de uma revista com modelos de saruel (tipo manual de instruções, use sem erro!). Ou seja, já está se acostumando com a idéia. (Afinal, ela é vanguarda!)
Vai ser divertido de qualquer jeito. As fashionistas do local são ou baixas e barrigudas ou altas e bundudas. (Ainda que não se enxerguem assim, essa é a mais sólida realidade!).
Os shorts foram eliminados da aposta. É uma opção muito óbvia, nem teria graça.
Está valendo um Chandon Reserve Brut.
Há a possibilidade de empate. Sim, pensamos nisso também! (Porque pode uma das loucas vir de saruel-cintura alta com botas gaudérias. Releitura perfeita do traje típico dos pampas.) Nesse caso, já foi decido (somos justas) cada uma compra uma garrafa e bebemos juntas ...

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Esperança de garimpeiro

Definitivamente desistindo das lojas mais populares e das “alternativas”, voltei ao comércio local para uma rápida visita às “boutiques” da terra. Lojinhas muito pequenas e administradas por criaturas que sempre me parecem absolutamente bestas. Lá também encontrei os brilhos. Menos indianidade, é verdade.
Mas, ai!!! Que vontade de dar chilique, gritar: cruz em credo te esconjuro! E Sai que este corpo não te pertence! Porque a dona da loja só podia estar possuída. Não há outra explicação! (Bêbada? Às 10:00? Não!)
Tentou me vender um short de “boa alfaiataria”. Garantiu piamente que junto com a meia grossa/opoca e o sapato de salto altíssimo e torto seria uma excelente roupa de trabalho.
Não era nem uma bermuda, era um short mesmo. Se nele eu tivesse me enfiado, ficaria bem, beeeem mais de um palmo acima do joelho!
Quem vai trabalhar com isso??? Será que as minhas colegas dementes vão aparecer assim???
Ah! Eu vou rir muito nesse inverno!

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Meu prazer é teu desgosto!

Feriado. Na santa paz em casa, dia de cuidar de plantas e animais, dia de ler e escrever. Dia também de levantar tarde, fazer almoço e comer com calma! Tempo sobrando em todo canto da vida!Chegam parentes, mais ou menos esperados nessa data (mas não nessa hora, nem nessa quantidade). Onde comem três comem oito? Se for feijão, acho que sim! Mas peixe ...
Com certeza não. Paciência e bela polenta! Mais tomate e rúcula para comer com arroz. Quem mandou não avisar?
Chegar sem avisar é perigoso. Os donos da casa podem ser pegos em situações impróprias. Como hoje. Quando eles chegaram estávamos os três amontoados na sala, de pijama ainda, cada um com seu note fazendo alguma coisa útil.
Foi inevitável:
Que que cês tão fazendo? Credo tão trabalhando! Mas por que???
Continuar esse diálogo como? Dizendo que temos um distúrbio neurológico grave (e que é genético, porque a cria saiu igual)?. Explicar que esse distúrbio nos faz gostar do trabalho? Ou aproveitar o espírito religioso do feriado e dizer que somos abençoados porque encontramos uma atividade remunerada que nos dá prazer? Ah! Que importa! A idéia de que o trabalho não seja um fardo está tão distante deles. Além do que, já nos acham doidos mesmo...

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Camisa branca

Voltei ao comércio (mas mudei o perfil de lojas).
Encontrei uma camisa branca, sem brilho, sem pedrarias bordadas ou coladas. Serviu. O corte era bom e o acabamento também. Não tinha o preço na etiqueta (sem é mau sinal!). AH! Que vontade de bater! Quem (em sã consciência) paga 250 reais “no cartão, em três vezes” (cartão da loja, é claro) por uma camisa de algodão?
Que vontade de afrontar. Perguntar descaradamente: Como assim? Foi fiado por Gandhi? Era um pedaço do manto da Madre Tereza de Calcutá? Vai saber. A moda religiosa anda tão na moda por aqui...
Não! A justificativa é outra. É orgânico.
Tem selo de garantia, sabe?! Olha aqui! Foi plantado no Peru! Ah! Tem uma mais escurinha, uma verde e uma vermelha. Não foram tingidas, sabe? O algodão é naturalmente colorido! Vem dos Andes!

Desisti. Voltei para casa. Minha roupa velha não é tão velha assim... Agüenta mais uma estação. Nisso terei tempo de plantar meu próprio algodão, fiar e tecer. Ah! Claro! Também terei que aprender a costurar ...

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Eu não visto elefante!

Saí toda faceira. Meio de tarde e eu finalmente rolaria entre vitrines. Inicio a jornada e ... um boa surpresa: que rádio tocaria "Volver a los dezessiete"? Não sei qual era, mas voltei ao passado mesmo (essa música é velha tia!). Com "como el musguito em la piedra" achei vaga com facilidade e comecei a minha busca desenfreada. Sério. estava disposta a comprar tudo! Calça, sapato, camisa, camiseta, saia... Nada me escaparia. O consumismo fervia em minhas entranhas. Hoje eu abriria a carteira com facilidadde e felicidade.

Nunca vi tantas coisas horrorosas, dispostas de modo tão sincrônico. De uma vitrine para outra, juro, havia uma continuidade propositiva. Como se o mesmo vitrinista amalucado tivesse sido contratado por várias lojas e, em cada uma colocasse um pedaço da obra. Olhando o conjunto me pergunto por que o comércio assumiu India Fantasia Global? Tem bata para todo lado, leituras e releituras criando tamanhos e brilhos variados. (Mas sensação final é que tudo brilha muito e é muito grande). Há elefantes também! E deusas com vários braços, seja nas estampas ou nos ornamentos!


E eu como fico? Vestiria abrigo de milico, mas não entraria numa dessas coisas! Volto ao trabalho, insatisfeita e praguejando. Vou arrumar uma costureira, que me faça uma roupa normal! Sem brilho e sem elefante bordado, estampado ou colado!

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Quando falta respeito, sobra incompetência!

Acho que estou em um mundo de fantasia, tipo Alice no Mundo dos Espelhos. Ainda que as situações sejam cotidianas, as soluções, os desenlaces, os prosseguimentos não são aqueles que o bom senso ditaria.
O bom senso foi abolido? Exilado? Por que sumiu da Terra?

Agora entendo um pouco. A falta de empenho, a ausência de brilho, o desempenho medíocre. Não é cansaço. Não é desgaste natural. Aquelas camadas que o tempo remove implacável e resultam na exposição de uma vontade frágil, sem energia. A desvontade de fazer coisas não depende da idade, da proximidade da aposentadoria. Quem é incapaz hoje, já era antes.

De um modo muito sutil, o alunado (por mais abobalhado que seja) reconhece isso. Tem tumulto? Gritaria em sala de aula? Cacarejo multivariado? Se a resposta é afirmativa pode conferir: lá está um incompetente plantado na frente da turma.
Os alunos se aproveitam da fraqueza? Sim.
A pata é um bom exemplo disso. Que professor, com o mínimo de auto-respeito dá notas para trabalhos que não foram entregues? Que aluno respeita um professor assim?

Curiosidade mórbida

Estou tentando abstrair várias informações simultâneas. Até a metade da manhã aqui é quase o paraíso (daria para ouvir as harpas angelicais tamanho o silêncio). Depois tudo muda. Rapidamente desço ao inferno. A parede que me separa da sala de aula é finíssima. Dá para ouvir tudo. Tudo mesmo! Normalmente não há problemas. Uso headphone e fico ouvindo música. Sigo o restante do dia em paz. Hoje, infeliz de mim, esqueci os ditos na minha outra bolsa!

Minha colega tem voz de pato (dublaria bem o Donald). A turma dela é grande e são quase todos homens (e homem não fala baixo). Só esses dois elementos bastariam para atulhar meu cérebro. Mas não foi esse o motivo que fez sair do trabalho para o brogue. Ela resolveu pedir silêncio (o tumulto já durava mais de 15 minutos) porque tinham que combinar a avaliação. Depois de alguns SHHHHH (interferência dos próprios alunos para estabelecer silêncio) começou o grasnar:

Olhem! Prestem atenção (repetido pelo menos três vezes). Esse trabalho vai ser metade, METADE, da nota. E não adianta: dessa vez que não fizer fica com zero.É ZERO, gente!

Como assim?

O que essa pata microcéfala demente faz quando um aluno não entrega trabalho?

Agora, querendo ou não, vou descobrir...

sábado, 4 de abril de 2009

Freddy Krueger no quintal



Cansei! Brincar de pequeno produtor rural cansa!!! E reduz o meu tradicional bom humor matinal. Podei tudo, tudo mesmo. Há um cenário de destruição ao redor da casa. Credo! O ceifador passou por aqui! (A imagem não deriva da representação clássica da morte, mas do subproduto Billy&Mandy by Cartoon). Que horror, mãe! Pobre da pitangueira! Pai! Olha o que ela fez ...
Não deixei nem terminar. Apontando a tesoura de podar perguntei: Quer ver como fica teu cabelo?
Maldade?
Não. Acordei às 6:00 horas. Os primeiros raios de sol já me encontraram agarrada em um serrote. Esses dois recém-saídos da cama vão começar a tecer críticas sobre o meu trabalho? Eu não preciso de palpites! Preciso de braços que carreguem galhos. Ou de alguém que faça o almoço! Podem escolher...
(O poder da culpa é grande! Juntaram os galhos enquanto eu tomava banho. Agora, enquanto eles se arrumam para almoçar fora, tomo uma caipirinha – gentilmente depositada ao lado do computador!)
Não é um sonho!?!

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Me & you, como esquecer, so happy togeeeeeetheeer

Fazia tempo que não era vítima de música.
Hoje acordei assim:

Imagine me and you, I do
I think about you day and night,
tatatata....
So happy togeeeeeeeeeeeetheeer

Tudo bem, de manhã cedo nem sempre o cérebro funciona direito...
Mas cheguei nesse mesmo estado às 10:00. "Ai prof eu preciso" ... (e meu cérebro lá no so happy togeeeeeeeetheeerr) Caspariu! Essa música eu aprendi no colégio! O pobre marido lembrou que ela foi usada em comercial de carro. Na época nem registrei.
Sem saber como me livrar desse encosto musical de gosto duvidoso, resolvi partir para o exorcismo. Baixei da rede e agora, a todo volume, no modo repeat, vou ficar ouvindo. Até não aguentar mais.
Pelo menos, na minha cantoria mental, não tem mais tatatatata. Já estou sabendo a letra toda (que bem idiotinha, por sinal) :p

quinta-feira, 2 de abril de 2009

O dom da vidência

Fiquei pasma!
Fui corrigir trabalhos. Questões cujas respostas deveriam ser apoiadas pela leitura de texto amigável, previamente indicado e disponível para todos na rede. Assunto geral: partes que devem compor um projeto de pesquisa.
Primeira resposta: introdução, objetivos , resultados e conclusões.
Olho o nome. Desconsidero. Também, de fulano... Esperar o quê ...

Segunda resposta: introdução com: revisão, justificativa e objetivos; material e métodos; resultados; conclusões e referências.
Como? Nem é uma anta, ao contrário ...

Resultado e conclusões (minhas):
1) Ninguém le nada! (Só talvez sob ameaça de "vai cair na prova".)
2) A embromation é a regra. (E é cada vez mais tosca.)
3) 60% dos meus alunos são videntes. Ao proporem um projeto DE PESQUISA, já sabem os resultados!
Espero que esse dom seja usado para o bem!

Nau dos insensatos

Reunião.
Triste começo de tarde.
Seria melhor tentar ensinar latim aos godos. Catecismo ao capeta.
Com certeza daria mais certo.
É definitivamente impossível fazer uma criatura entender que para ganhar bolsa por produtividade tem que trabalhar. E o recurso finaceiro para o ócio? Não. Esse fomento ainda não tem. Quem sabe se formalizando o pedido ...
Em posição estratégica e protegida pela comoção instalada entre os presentes decido partir rumo ao mundo interior. Eu podia estar fazendo a lista do mercado, eu podia estar jogando tetris, eu podia estar lendo a Morte dos Reis (surpreendentemente cativante), mas não ...
Estou aqui, ouvindo o batráquio gordo dizer que tem muita coisa para fazer! Não tenho esse tempo todo minha querida! (Vá chamar de "querida" a sapa que dorme contigo! Se não tem tempo vaza! Libera a vaga!). Sou dama! Não respondo! E nem preciso. Não sou eu quem coordena essa reunião. O olho para o coordenador. Nunca tive simpatia por essa criatura, mas hoje... quase sinto pena... (Mas é só um instante. Porque tem que ser muito banana para deixar se instalar esse fuzuê! Tem menos de meia hora e já é todo mundo falando ao mesmo tempo. Cadê a ordem? Ninguém aprendeu a levantar o dedinho e esperar a vez???)
É cômico. A bateção de boca despencou para outros temas. As vozes continuam alteradas. E eu com isso? Estou na maior vadiagem, momento lúdico em mundo paralelo, postando em blog apócrifo.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Você viu o cabeção por aí?

A música é idiota. Só lembro dessa frase.
(E não vou procurar o resto! Que fique no esquecimento!).

É mesmo um cabeção.
Tem boca (e é enorme), tem olhos (e são bem grandes), tem nariz (totalmente achatado).
Em benefício da obra devo dizer que (pelo menos) tudo aparece em número correto (não vi no esquema um terceiro olho).
Assim como está agora, riscado no concreto, parece a cara de um palhaço. Um fantoche gigante, com cara de safado. Como aqueles anjinhos de gesso, que quando mal pintados ficam com expressões estranhas - nada angelicais! Já ganhei um que tinha cara de tarado de filme “d” (de desclassificado).

Não há mais o quê registrar sobre o monumento. Toda minha perplexidade decepcionada já foi exposta. Ainda assim, não consigo esquecer a obra. (Como esquecer? Acabei de passar de novo por ela!)
Resta agora apelar ao poder mental para abstrair tal existência:
oooooommmmmmmmm ,
oooooooooooooommmmmmmmmmmmmmmm, oooooooooooooooooooommmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm
(O resto da tarde. Até ficar roxa e com os lábios dormentes!)

Barrococó figurativo pré-escola

Segue a saga! Não consigo esquecer o monumento. Ele se apresenta, todos os dias, quatro vezes no mínimo.
Não há como ignorar...
Pois é! Mistério desfeito mas implicância aumentada...

O resumo da leitura oficial da obra talvez venha a ser algo assim:
O projeto recupera o lado lúdico, inocente e otimista derivado da infância e o retransmite ao ser que ingressa nessas paragens para atividades profissionais. Assim sendo, colabora para um melhor ambiente de trabalho ...

A minha leitura é (obviamente) mais simples: parece ter sido colorido por uma criança que ganhou canetinhas de presente. (O que uma criança faz quando ganha canetinhas? Usa todas!)
Tem listas diagonais assimétricas produzidas em cacos de azulejo preto, azul, vermelho, verde, amarelo ...
Resta saber o destino do cabeção. Continuo com saudades do ET.