quarta-feira, 8 de abril de 2009

Eu não visto elefante!

Saí toda faceira. Meio de tarde e eu finalmente rolaria entre vitrines. Inicio a jornada e ... um boa surpresa: que rádio tocaria "Volver a los dezessiete"? Não sei qual era, mas voltei ao passado mesmo (essa música é velha tia!). Com "como el musguito em la piedra" achei vaga com facilidade e comecei a minha busca desenfreada. Sério. estava disposta a comprar tudo! Calça, sapato, camisa, camiseta, saia... Nada me escaparia. O consumismo fervia em minhas entranhas. Hoje eu abriria a carteira com facilidadde e felicidade.

Nunca vi tantas coisas horrorosas, dispostas de modo tão sincrônico. De uma vitrine para outra, juro, havia uma continuidade propositiva. Como se o mesmo vitrinista amalucado tivesse sido contratado por várias lojas e, em cada uma colocasse um pedaço da obra. Olhando o conjunto me pergunto por que o comércio assumiu India Fantasia Global? Tem bata para todo lado, leituras e releituras criando tamanhos e brilhos variados. (Mas sensação final é que tudo brilha muito e é muito grande). Há elefantes também! E deusas com vários braços, seja nas estampas ou nos ornamentos!


E eu como fico? Vestiria abrigo de milico, mas não entraria numa dessas coisas! Volto ao trabalho, insatisfeita e praguejando. Vou arrumar uma costureira, que me faça uma roupa normal! Sem brilho e sem elefante bordado, estampado ou colado!

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