quinta-feira, 31 de julho de 2014

Improbabilidades (II)

Gênios e esforçados, lesados e vagabundos  - esses grupos povoam nossas salas em proporções mais ou menos estáveis. Não entendo como alguns colegas só tem alunos de um ou de outro tipo!
Por que isso nunca acontece comigo?
 "Nossa esse semestre a turma é incrível!" Quantas vezes eu ouço esse tipo de comentário no início do semestre? Nunca contei, mas saem sempre das mesmas bocas.
As minhas turmas também têm pessoas incríveis.
Alguns, acreditem,  são incrivelmente chatos.
Alguns são incrivelmente interessados.
Outros incrivelmente perdidos. Tive dois no semestre passado que dava vontade de prender na roupa o nome do curso e o endereço das salas para onde eles deveriam ir depois das minha aula.
Ou seja, a variabilidade é grande... Por isso, eu não entendo as situações de "todos".
http://3.bp.blogspot.com/-sbC23ztvPgw/T5FbSADjF6I/AAAAAAAAA-Y/6swfVHsejJk/s400/image.png
(OBS.: A professora não me representa, mas os alunos são quase isso mesmo!

Improbabilidades (I)

A turma era grande.
A avaliação foi complexa - mais de cinco colunas com notas fracionadas.
A última vez que dediquei alguma atenção para os resultados publicados no mural foi no início do mês. Faltava apenas uma coluna para ser preenchida e as aulas já tinham terminado.
Depois veio a notícia: fulana deixou todos em exame!
Isso, vamos combinar é um feito notável. Muitos ficam para os exames finais, mas todos...
Pensando em realidade, é tão improvável quanto as aprovações em massa. Todos têm notas acima de 8,0? Qual a probabilidade disso?
http://etecribeiraopires.com.br/site/wp-content/uploads/2012/08/divulga_notas.jpg

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Vida em desequilíbrio

Sabe qual é o motivo para esses sapatos aparecerem em fotografias?
Por que em filme ficaria ridículo!
Agora, me explica, como a criatura compra um sapato assim?
Não vai me dizer que foi pelo correio - que não deu para testar!
Mesmo que fosse, é só olhar para a estrutura e imaginar. Imaginar o quê? O tamanho do tombo!
Foi uma cena lamentável. Ver a criatura se deslocando da secretaria para a sala do café foi aflitivo. Passo a passo, mãozinha na parede..
Por que isso?

https://www.youtube.com/watch?v=CeiK-sVJtZg

Meu dia está resolvido!
Como é boa essa sensação.
Agora, é liberar os fones de ouvido e ... fazer o que quizer, o que me der na veneta!
Seja o que for será ao som de Philip Glass.
A musica é estranha? Vai incomodar os "vizinhos"?
Há quem goste! (EU!) E os "vizinhos", desde segunda-feira não aparecem! (Há quem diga que estão vindo, sim. Capa da invisibilidade? Provavelmente.)

Philip Glass não existe!

No Kboing.
Não tem!
  (Por que teria? Oi! Porque tem um monte de coisa ali! Por que esse não teria? Elitista, eu? Tem Bruno e Marrone, isso tem..)

Tem o site do Philip Glass (http://www.philipglass.com/)

Não, não estou com paciência para pesquisas e leituras em sites. Sim, ele está vivo (E já basta, é informação suficiente!)
Vou para o youtube!

koyaanisqatsiKoyaanisqatsiKoyaanisqatsiKoyaanisqatsi

Desci para buscar café e subi cantando um mantra!
A palavra brotou da minha memória e repetida n-vezes será.
Vivemos mesmo em desequlíbrio.
E por vários motivos...
Vou procurar a música - deve ter no Kboing

Acho que vou imprimir em A0

E colocar como advertência na porta da casa!

As armadilhas dessa  minha vidinha são sempre as mesmas. Bate o vento norte, muda o tempo e eu também quero mudar. Mudar o quê? Tudo! Saiu do lugar roupa, louça, livro, móveis, revistas, documentos ... 
E ainda não voltaram...
O estrago de um fim de semana será compensado até o próximo sábado? 
Até ontem essa frase terminava com um ponto de exclamação. Estou sendo mais realista? Ou desmotivada?

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Grandes descobertas!

Trabalho como uma abelha, arrumo as coisas como uma joaninha, faço pilhas como um grilo e espalho meus pertences como uma borboleta!
De onde veio isso?
Entre outras coisas - que ainda não vi - tem uma descrição de quatro tipos de bagunceiros.
 Se funciona? 
Por-fa-vor! 
Não é para funcionar - a não ser que agora vocês comecem a acreditar em auto-ajuda!
É bem escrito e divertido, só isso!
Sim, é auto-ajuda. No final de cada descrição vem alguns conselhos...
Não - qual é o problema de vocês hoje - não funciona porque é uma supersimplificação de comportamentos. Como  qualquer simplificação, descreve apenas os extremos, caricaturas de pessoas, não pessoas ....
Os conselhos?
São os de praxe para qualquer criatura com problemas de organização.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Vamos comemorar!

Afinal é sexta-feira!

Sem estresse, nenhum papel vai fugir até segunda-feira!

Não adianta, eu não vou curtir...

Mal começou o fim de tarde e as postagens "gastronômicas" já estão aparecendo.
A colega vai para casa mais cedo, joga massa parafuso na panela e tira foto...
Agora, me explica, o que de inovador ou revolucionário ela vai fazer com massinha? Por que a humanidade precisa ver isso? Ela quer mostrar a panela? O guardanapo? 
Não, acho que não. É só falta do que fazer. 
Mas nisso ela é bem ativa! Tivesse metade desse empenho no trabalho e o serviço andava. 
Já atualizou de novo! Que velocidade...
Agora me explica, o que é isso?
Não, claro que a foto não é essa! Mas juro: são gêmeos separados no nascimento!

Fofos e decorativos? Sim e Não.

São apenas fofos. Para decoração não servem, não!
Qualquer um que já teve coelhos sabe: a cada 15 segundos sai, no mínimo, uma bolinha!
Não vou negar, são muito bonitinhos em cima da cama. Mas depois da foto, tira bem rápido porque senão...

AH! TÁ!! 
Tá bom, sou eu que tenho incrível azar com coelhos. Os coelhos dos outros não cortam as cobertas, não roem os cantos dos móveis, nem fazem coco e xixi em qualquer lugar. Só os meus! 
 Já foram seis, em quatorze anos e todos com defeito!Vou reclamar com o Criador!

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Tempo de excessos

É muita informação? É muita necessidade de chamar atenção? É excesso de referências? É vontade de mostrar tudo o que tem dentro do guarda roupa?
Não sei. Só faço registro: cada dia o povo usa mais e mais adereços no pescoço e agora que está frio...
Qual a necessidade disso? 
Sim, está frio, mas só na parte superior? Que mania é essa agora de andar sem meia, mas enrolada praticamente em um cobertor?
Será que a colega se inspirou na grande diva?
Não, não sei quem é a mulher da foto. Parece com  Carrie, a estranhamente vestida.

Dúvida: elogiar ou lamentar?

Mulheres Virtuosas
http://decordodia.tumblr.com/page/4

Não há como ficar indiferente. 
Ou vamos para o elogio: Viva a sagacidade e o senso de organização que transformaram um armário em lavanderia!
Ou vamos para a lástima: Nooosa que casa pequenina! A lavanderia teve que ficar na sala! (E ainda fazer vez de biblioteca! Porque se aquilo na parte esquerda da prateleira superior não é livro, é o quê?
Ambientes assim me deixam confusa...

quarta-feira, 23 de julho de 2014

O Google sabe!

Ballade (des dames de temps jadis)

Dictes moy ou, n'en quel pays,
Est Flora la belle Rommaine,
Archipiades ne Thaïs,
Qui fut sa cousine germaine,
Echo parlant quant bruyt on maine
Dessus riviere ou sus estan,
Qui beaulté ot trop plus q'humaine.
Mais ou sont les neiges d'antan?

François Villon - o autor. Idade média. Versos sem pé-nem-cabeça para quem tinha 14 anos. Agora, com a adição do tempo, não posso dizer que melhorou. Não me toca, nada me diz. Ficou a rima, ficou a frase e procurando o texto na rede ficou uma estranheza:
O pessoal que traduz poesia é fumado! Tem cada tradução! O pessoal pira, inventa, como se o texto original não existisse e autor não houvesse. Ao próprio gosto, cada um tira e põe palavra onde não seria necessário, suprime ideias, acrescenta outras... Tipo, dá para fazer qualquer coisa com as neves de antanho?

Taciturno X Antanho

Ganhei é claro! Porque taciturno é mais fácil de lembrar! Agora, antanho! Quem lembra de antanho? Acho que nem minha mãe usa essa palavra. Talvez em Portugal...



De onde tirei?  Não desse imagem. Memórias.

Memórias de um curso de francês: Mais où sont le neiges d'antan?
 Não lembram das neves de antanho?
 Ninguém lembra das neves de antanho?
Mais um motivo para eu ganhar a aposta! Mas paguem logo, porque com essa falta de memória são capazes de esquecer que me devem!
(Tudo bem - confesso que não lembro o autor, mas fazem séculos que estudei isso...)

terça-feira, 22 de julho de 2014

Ganhei um presente

Meio vesgo ele me olha do canto da mesa. Desperdício de tempo e matéria, a triste figura - que deveria ser um cachorro - ocupa um canto da minha mesa. Parece um burrico - Bisonho das historinhas do Puff.
É fim de semestre. É início das pequenas férias. 
Algumas pessoas festejam - como se fosse algum tipo de renascimento! Dão ao mês de julho uma importância de dezembro. Por isso ganhei o presente.
 Celebrar o fim do semestre, é motivo para presentear alguém? Precisa de motivo para distribuir presentes? Talvez, o melhor motivo seja uma prateleira cheia de bichos de pano mal estofados, mal costurados e ...
Aff! O cachorro não merece tanto!
Fica aqui até o final da tarde e vai comigo para a Grande Casa das Aberrações de Pano, onde há de encontrar o pires e a xácara, as tulipas e as pimentas,  junto com ...
A regra é simples: nada fica.

Saldo do dia

Da terça-feira o que ficou foi:

Hello I am a polar bear
http://photomoodblog.wordpress.com/tag/beautiful/page/2/
http://photomoodblog.wordpress.com/page/12/
http://photomoodblog.wordpress.com/page/14/

Tem mais, muito mais. Não achei ainda o fim (ou o início!)

Eu não tenho medo do Lobo Mau!

http://photomoodblog.wordpress.com/

Florestas escuras não me assustam.
Uma imagem semelhante (essa é mais bonita) foi apresentada como exemplo de ambiente "desafiador", "desestabilizador", com a pergunta: O que encontraremos lá?
Para minha surpresa, boa parte da audiência concordou - teria medo de entrar mato a dentro!
Claro, parte significativa foi absolutamente indiferente ao questionamento. Eu me alinhei com outros três ou quatro "verdes-sem juízo" que alegremente se jogariam no matagal...

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Abandono, adoção e missão cumprida

http://portaldoamazonas.com/wp-content/uploads/2014/02/depressao.jpg
Sério, isso. É  coisa que não se faz.
Trouxeram um palestrante, descobriram que é mala, abandonaram no corredor.
Isso mesmo! Bem assim.
Mala ou não, a criatura veio a convite. Não bateu aqui só por curiosidade, foi trazido!
Se não rolou grande simpatia, paciência! Não é para namorar-casar-viver-junto-para-sempre. A cortesia profissional tem que ser mantida.
Resumo: "adotamos" a palestrante mala que passou a segunda metade da manhã andando por aí e foi encontrada num cantinho da lancheria. Almoço, passeio pelo campus, chazinho da tarde e companhia para o aeroporto. Embarcou tem 15 minutos.
Só agora vamos poder voltar para casa. 

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Plenária: que momento único!

http://g1.globo.com/platb/files/19/2013/02/acabou.jpg
Em fim, encerra-se e de modo glorioso!
Cada qual com a própria pauta para discussão. Na tela, por skype, o grande mentor, dizendo coisas incompreensíveis... E querem que ele tenha voz na assembléia...
Mas não é só isso. Não bastasse a mesa ter sido ignorada desde o início das discussões (nada do que estava na pauta foi discutido até agora e todos falam ao mesmo tempo de coisas diferentes), agora vem um filme!
É isso mesmo, alguém propôs que um mini documentário fosse apresentado. Sobre os  peixes!
Há painéis de lona com peixes coloridos espalhados pelo por todo canto, das paredes ao chão. 
São feios? Não. Mas porque causa, ração ou motivo,  alguém produziria um único desenho de peixe e multiplicaria em 500 combinações de cores, considerando que o objetivo é valorizar a biodiversidade da região? Minhas respostas são preguiça e/ou ignorância. 
Pois bem, não bastou os 45 banners com o mesmo peixe, agora vamos ter que ver o filme sobre a produção... 
Com tanta criatividade, animação  e disposição de sobra, fica difícil explicar porque o ensino vai tão mal. Só hoje, nessa mísera tarde, o mundo deve ter sido salvo de todas as mazelas. Ideias não faltaram...

Descoberto mais um problema do ensino

http://www.aconteceempetropolis.com.br/wp-content/uploads/2013/01/stand-up.jpg
E esse é grave! (Como os outros!) 
Os professores estão mais preocupados em fazer com que os alunos gostem do que eles ensinam, em vez de se preocupar em ensinar o que deveria ser ensinado. (Não deu para entender?)
Paciência, se não entendeu é normal. Aqui não há compreensão possível, discute-se de tudo, mas cada um consigo mesmo, em voz alta. Sendo politicamente incorreta é a legítima conversa de cego com surdo!
Eu gosto de pão de queijo, mas isso não me traz nenhuma aprendizagem. Eu amo a brisa mansa que corre lá fora e faz galhos das árvores ondularem, mas essa sensação não me ensina matemática.
Se a nossa missão será tornar o ensino divertido, vamos começar com cursos de stand up para formação docente? Mímica e adivinhações farão parte do currículo?
O aluno tem que gostar da gente! Certo. Deve haver o mínimo de empatia, mas... E se eles não gostarem do meu cabelo? Se o professor não estiver dentro dos padrões estéticos? Vale o sindicato começar a pedir auxílio intervenção cirúrgica...
Dá para ver que a discussão desabou, está indo para qualquer lado, mas prevalece que temos que ser queridos!

Pessoas que não tem habilidade

Pessoas como eu, que não tem habilidade ...
Apenas mudei de lugar. Tenho agora privacidade - detesto que fiquem enfiando o nariz na minha tela, esteja eu trabalhando ou não!
A palestra não é totalmente destituída de significado. O problema, de novo, é o palestrante!
Pessoas que não tem habilidade - foi a primeira coisa que ele disse. E continuou repetindo, em vários momentos da introdução fez uso dela, agora é que parou um pouco!
 
Nunca chegaremos lá!!!!
Resumindo: o palestrante chamou para si a missão de nos salvar da falta de habilidade no uso de componentes eletrônicos. Jura que qualquer um há de conseguir montar e usar o referido equipamento. Está apresentado um passo a passo super detalhado e didático, muito eficiente. Eficiente para provocar sono... fazer pensar na vida... dispersar a atenção... Olho para frente e  há três atualizando o FACE, uma está jogando Candi e outros cinco navegam pelos e-mails. Imagino que no outro lado da platéia uma proporção igual também se dedique a coisas semelhantes.

Pessoas rápidas!


Terminado o rasta-pé, muitos se foram - tipo cumpri minha parte: socializei, fiz selfies com os artistas, com os organizadores, com os colegas e fui fotografado dançando. Ou seja há provas suficientes de que estive aqui, então tchau!

E segue o baile...

só que não será até  dia clarear. Não vejo qualquer possibilidade de luz, sinceramente. 
E, hoje, mal situada, bem no meio da platéia não pude fazer muita coisa, nem útil, nem inútil.
O café está animado - animado mesmo: tem um grupo de ... não-sei-o-quê batendo entusiasticamente em dois tambores e e fazendo o mesmo com uma gaita (Sim, a gaita parece tão espancada quanto os tambores). 
Peguei meu café, voltei para o salão com a boa desculpa de que estou com dor-de-cabeça-nada-grave-só-sinusite.
Essa é uma boa desculpa, sendo doença a pessoas te deixam em paz (Nem que seja pelo medo de contágio!)
Só agora reparei: várias pessoas fizeram o mesmo que eu - trouxeram café para o salão (Praticamente um crime, considerando os avisos nas paredes.) e estão fazendo usando seus equipamentos. 
Lá fora a gritaria está aumentando, começaram a dançar.
http://sinusite.net.br/wp-content/uploads/2013/08/tratamentos-para-sinusite.jpg
Continuando assim vou iniciar as minhas massagens faciais para dor de cabeça. Acabei descobrindo essa imagem que representa bem onde dói quando estou em crise de sinusite. É incrível como a pressão nessas áreas resulta em alívio. É momentâneo, mas dá uma melhorada ... 
Pela demora em iniciar a segunda parte do evento, acho que vou poder avaliar todo o conteúdo do sinusite.net!

terça-feira, 15 de julho de 2014

Manhã produtiva: resumo do meu aprendizado

Mudaram os costumes, transparências são cool (Da vontade de fazer um trocadilho, vou fazer: mesmo mostrando o cool no ambiente de trabalho.)
A terceira palestrante veio de sutiã à mostra, tipo eu posso porque sou gostosa. A roupa não é justa, nem curta, mas a blusa permite que se leia a etiqueta e dá para discutir a qualidade do bordado da renda.
A quarta palestrante, também vinda de Brasília, é igualmente bem nova e bonitona. Deve ter quase 1,8m, porte atlético, bem falante e ... não consegue ficar sentada. Levantou-se e palestra falando de lá para cá.
Foi assim que relembrei a outra grande função dos forros de vestidos. No caso, o dela é de trico e não tem forro. Como eu sei? Porque cada vez que ela se vira vejo o vestido atochado no rego! Não tenho expressão melhor ou menos chula para descrever a cena.
Ela não percebe. Não sente.
Resumo de história:
a) forro de vestido serve para que o vestido deslise e não fique amontoado em algum lugar inconveniente.
b) se o vestido não tem forro, fale com uma costureira
c) está de vestido, ao levantar dá uma puxadinha, mas não há de fazer...
Mas não assim, né!


Conselhos para a minha filha ...

Querida: é importante que o vestido tenha forro.
Não esqueça isso, meu benzinho.
O mundo mudou muito, mas não tanto.
Quando eu era pequena havia a 'combinação': sutiã, calcinha e saias. Sim, era mais de uma saia: uma era uma saia mesmo, chamada 'saia de cintura' e outra que parecia um vestido de alcinhas.
Para que servia? Primeiro porque naquele tempo mulher não usava roupa transparente fora de casa. Também porque facilitava a produção dos vestidos, dispensava o forro.
Hoje, nem uma coisa, nem outra. Encontrar forro em vestido, só nos mais elaborados e, muitas vezes, nem os de preço maior têm!

Obrigada por existir!



Eu compro caixas disso. Carrego na bolsa sempre - desde que tive filho pequeno e esfomeado.
Amo café sem açúcar e chocolate. Esse é pequeno - pequeno demais para dividir (Sim, sou egoísta! Tragam o próprio lanche!)  Só tem um defeito - se torna esbranquiçado (Não, não é por ficar muito tempo na bolsa. Isso eu garanto.)
Seja como for, não há bem que sempre dure... Manda o bom senso que se retorne ao salão...
Veremos o vem para a segunda parte da manhã, além do frio!
Alugaram xícaras de louça para ser ecologicamente correto, mas desligar o sistema de ar e poupar energia ... Sim, por algum mistério da humanidade os organizadores resolveram manter a sala a 16 graus, estando aqui foram agradáveis 25... 

Nada há que não possa piorar...

Aparentemente a parte técnica começou... O primeiro terminou como pode, foi aplaudido. Segundo palestrante: mais encorpado na introdução, trouxe citações e exemplos... Mas, não durou dez minutos, juntou na mesma frase 'cromoterapia' , 'aura' e 'novas concepções de corpo'. Como foi isso? Perdi, estava digitando... Quando me dei conta ele já estava proferindo essa enfiada de sandices. 
Vou usar minha localização privilegiada, vou para o café que acabou de chegar. Daqui vejo tudo! Estão trazendo xícaras de verdade! 

A quem enganamos?

Capas? Enfeites? Imagens em marca d'água? Não! Nunca achei necessário. Nunca colecionei papel de carta também... O bloco me satisfaz, me alegra.
Certo, quando um bloco de folhas macias é a tua fonte de alegria, pode-se pensar que a coisa está feia.
Não que esteja boa, mas me faço feliz com coisas pequenas!

A reunião é sobre avaliar. Pois bem, já avaliei: o palestrante é afetado (de todos os modos possíveis que essa palavra possa ser interpretada); deve ter entrado pelo sistema de cotas e provavelmente tem problemas com a própria trajetória. Se não fosse assim, porque insistiria em nos contar a própria vida? O que avaliação acadêmica tem em comum com os episódios da graduação dele? 
O assunto transformou o tempo em infinito... Olho para o relógio e não passaram mais que cinco minutos... A vida da criatura só é interessante para ele mesmo.
O bloco ficou abandonado, vou usar para coisas melhores...
Sou uma das vinte e oito pessoas com equipamento (de tablete a note) ligado, olhando para o palco e digitando...  (SIM, eu contei! Estou em uma ótima posição ao fundo da sala - que está cheia!)
Esses são os que dissimulam...
Os outros, nem a esse trabalho se dão! Estão deslizando freneticamente as telas dos telefones, nem olhar para a frente olham...
Aparentemente o palestrante não se importa, está feliz em um mundo paralelo...
Se a sala estivesse escura seria bem mais que isso:
http://f.i.uol.com.br/folha/saopaulo/images/13102571.jpeg

Momentos de avaliar...

Final do semestre. Tudo é avaliável. Da vidinha ao desempenho dos alunos, o que nos cerva passa a ser alvo de avaliações. As discussões são cheias de boas intenções, na mesma medida em que são inúteis. Ganhamos um bloco branco, em branco!
Em tempos de tanta versatilidade de arte e facilidades gráficas, fiquei surpresa (Só eu, é claro!).
Por quê? Porque não tem logo, nada escrito. Nem na capa. (Sim, tem uma folha de capa, em papel pardo), Não, nem nas folhas que são de um branco ecologicamente incorreto e macias como Maizena.
O bloco é suave como um montinho de Maizena. (Sim, sou antiga. Eu me recuso a usar "amido de milho".) Fui criada com mingau de Maizena. A caixa a gente usava para fazer mobília, era durinha, mas boa de recortar. A fonte ...  uma vez me deram um link - as letras da Maizena! Perdi, não cheguei a usar. (Para que usaria eu não sei, mas é um  Z bem bonito!) 
Não, na infância eu não me importava com fontes, mas adorava os índios de bang-bang... em nada parecidos com os nossos...

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Cara de papel de parede e boas desculpas


Não quer mentir descaradamente e não quer ser malvada?
a) Nossa, que original! Assim, ainda não tinha visto...
b) Que combinação incrível de cores, texturas, técnicas etc ....
Sim, porque antes passar por ignorante ou por daltônica do que ter que dizer a verdade!
Não quer correr o risco de ganhar (ou pior, ter que comprar)?
a) Acho artesanato incrível, mas não tenho espaço! Uma peça dessas merece ser destacada... (Desculpa boa para coisas grandes.)
b) Que peça .... (interessante, original, criativa,.... ou que vier na cabeça e que pareça elogio, sem ser), pena que lá em casa correria sérios riscos: o gato... o cão ... o coelho... a empregada .... 
Vale qualquer ser vivo ou condição que possa rapidamente destruir a peça. Pouco importa se imaginarem que a casa é uma bagunça, um barco sem leme... Não precisar levar a "peça" para casa, ou levar já avisando que vai sumir, é uma grande vantagem.
E por aí vai...
Com o tempo, depois de muito presente que - como diria minha avó - "mais parece um despacho abandonado na encruzilhada", aprendi algumas estratégias. Para aplicá-las, antes das desculpas é preciso caprichar na cara de papel de parede. Sou boa nisso: carainha amistosa, tranquila sem o menor juízo de valor revelado, sorriso compassivo e demonstrando interesse.

Reconheço os méritos, mas...


Passado o entusiasmo inicial com as atividades de artesanato (Aprendi algumas coisas interessantes, ainda que pouco úteis para minha vidinha.) e com as conversas, percebi mais um exemplo da distância entre o que as pessoas pretendem fazer e o que de fato realizam. 
Eu sei que é quase doença - deve ter parentesco com TOC. Eu periodicamente apresento sintomas, mas até agora tem sido controláveis. (Espero que continue assim, tenho casos na família que me preocupam) 
No final de semana, porém, comecei a considerar com mais atenção essa questão: artesanato como atividade compulsiva onde o produto final pouco importa. Sendo alguma coisa que se possa segurar, feita pela própria pessoa, serve!
Com uma honrosa exceção - uma tia velha que fazia uns quadrados de croche com maestria e usava as cores com muita habilidade - o restante era lamentável. Das caixinhas lambuzadas aos fuxicos estranhos, a qualidade era questionável e a utilidade estava fora de questão. 

Chá e artesanato

bossie ms pippin ladies spring tea party 1600x999 Tea Party

Passamos o final de semana na casa de parentes e... Bom, é sempre interessante viver a rotina de outros. Eu acho. Aprendo sempre alguma coisa - para o bem ou para o mal. Mas isso é outra coisa, não é o que quero comentar.

Na tarde de sábado teve um chá de artesãs. Quase uma dúzia de mulheres dedicadas a fazer alguma coisa com  pano, linha, tinta ou papel. Foi tipo um chá-oficina. A garagem foi dividida em dois espaços: comidinhas e mesas para trabalho. Entre uma xícara de chá e um pedaço de bolo tinha bordado, recorte para enfeitar convite de aniversário, trico e até pintura de caixinha (coisa da anfitriã).
Divertido, pela convivência. Assustador pela qualidade... 





terça-feira, 1 de julho de 2014

Fascinante ...

Ficou, colou na minha mente.
Estou cansada. De verdade - não é mimimi...
(Não, eu não sou do tipo mimimi, mas tenho tendência para reclamar - em off , sempre...)
Fascinating...
Fui ver o que o Google images traz...
Cruz em credo! Fascinante é um conceito relativo, muito relativo, mesmo.
Fadas, paisagens absurdas, desenhos de quem fumou demais!
Fui para o Pinterest. Nada melhor, e para piorar dezenas de fascinators (Tem coisa mais idiotinha que um fascinator?)
Para salvar o fim de tarde apareceu:
 http://visionwidget.com/fascinating-wildlife-photography.html
E centenas de outros
 (Como essa imagem também de http://visionwidget.com/Photography/). Mas eu vou ver depois. Porque agora minha vontade será respeitada: vou embora - e vou andando.
(Não, o caminho não é tão bonito, mas dá para o gasto e tem valor afetivo!)
Mathijs-Delva-photographs-02
http://visionwidget.com/mathijs-delva-photographs.html



Associações, livres associações...

Fascínio
Facínora
Fácil
Fascista
Pode ser apenas pela sonoridade. Ou não.
Quando a Mais-Tonta disse que e criatura em questão exercia um fascíncio natural sobre os alunos ...
As outras palavras explodiram na minha mente.