Sem romance, vestidos luxuosos, cenários imponentes ou olhares dramáticos. O vento levou o telhado do galinheiro da vizinha, três galhos grandes da tipuana e inexplicavelmente, a rede da nossa piscina. Cada um tem a sua lista de pequenos estragos. "Rajadas de 80 kms incomodam transeuntes e motoristas", enquanto ouvia isso no rádio, o carro foi literalmente sacudido pelo vento. À minha frente, alguém de muito pouco juízo, tentava andar de bibicleta... Sair dos prédios hoje é uma temeridade. Coisas, leves ou pesadas, são vistas voando. As sacolas de mercado chegam a ser encantadoras. Infladas sobem e descem. Essas pandorgas sem fio são o terror no centro da cidade. É preciso ficar alerta para não levar uma na cara. Mas nem tudo é transtorno. Na entrada do colégio as crianças se divertem. Uma brincadeira que ninguém ensina e, ainda assim, todas as gerações descobrem como fazer. Esperar quando vem a rajada de vento e então pular. Quanto mais alto o pulo, quanto mais leve a criança, quanto mais forte o vento, melhor a sensação de voar. Eu lembro. Eu lembro bem disso! (Só não tenho coragem de ir lá fora e ficar pulando. Porque vontade não me falta!)
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