segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Ah! Eu queria tanto ...

O mais chato da ciranda é que tem caráter de “arrastão”. O grupo empolgado quer-porque-quer que os outros se juntem, se a greguem, compartilhem a emoção de se expressar. Ainda que seja atrvés de uivos ou outros sons mais estranhos ainda. Para quem quiser, há cocos, caxixis, agogôs e apitos! E é bom querer. Pois não aceitam o não como resposta. Como não querer vivenciar a experiência única de sair batendo em alguma coisa corredor afora?!? Bem que eu queria ter a eperiência única de sair batendo em alguém corredor a fora! Mas, essa opção não está disponível! Participar de uma bandinha de pré-escola, nessa altura da minha vida! Ai, ai...

“Venha colega! Venha participar!” Tem um trio de aposentados que vai no início, comissão de motivação, batendo de porta em porta, fazendo o convite e oferecendo os “instrumentos”. Tive vontade de perguntar se não tinham uma vuvuzela! Afinal, se o caso é fazer barulho ... Como livrar-se deles? Não é com recusa. Não dá certo, já aprendemos na semana passada! Valorizar e prometer falsamente, funciona! Sou capaz de me meter em cada diálogo absurdo! Às vezes, eu me espanto comigo mesma...
Elogiei a proposta, pedi informações, dei espaço para a narrativa, finalizei com a pergunta mágica: Vai ter outra??? Porque hoje, agora, agora ...Ai! Se fosse um pouquinho mais tarde ....
- “Voltamos nesse prédio, segunda-feira, querida! Perto das onze!”
- Dia 11, de manhã, perto das onze?!? Ah, Que bom...

(E por ai foi mais um pouquinho, enquanto o grupo barulhento se esparramava corredor a fora, salas a dentro.)
Hoje, perto das dez, antes do primeiro sinal, apago a luz, me fecho a chave dentro da sala, coloco "hédifoni" e vou ouvir música. Só saio quando reinar um silêncio de tumba!. Tesconjuro!

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