Mal começaram as atividades matinais e eu já estava perdida. Batendo na minha caixa craniana (por fora e por dentro) estava a "fruição"! Foi uma palavra muito usada por aqui, mas há décadas não era ouvida. Quando eu estudava, três professores usavam o termo o tempo-todo-e-para-tudo: para um o texto tinha que ser fruição, para outro a aula era fruição professor-aluno e aluno-professor e o terceiro, criatura mais complicada de todas, queria que fruíssemos na sala de aula, e de modo explícito! Com a minha pouca paciência juvenil, o meu desgosoto era imensurável. Cada vez que alguém mencionava essa palavra, fosse em verbo, substantivo ou adjetivo, eu literalmente en-jo-a-va! Pois não é que agora, a maldita fruição retorna, trazida por uma contemporânea minha? Essa infeliz, desajustada, extravagante e sem senso de qualquer tipo, em uma hora usou "fruição" oito vezes. Veio apresentar os projetos do grupo que ela coordena e para cada tema a introdução foi a mesma: "Bom, então a gente resolveu brincar com os conceitos e fazer a fruição dessas concepções. Bom, então foi assim, nós... Juro: se depois disso, algum aluno me perguntar o que é fruição, minha resposta vai ser deselegante! Porque para mim, fruição, nem com álcool!
terça-feira, 6 de abril de 2010
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