sexta-feira, 2 de abril de 2010

Os tempos mudaram!

Fomos criados praticando a religião católica-apostólica-romana. E a Páscoa era coisa séria. Televisão, rádio ou toca-disco não funcionavam na Sexta-Feira Santa. Não era para brigar, fazer correria, dar risada. Jesus tinha morrido...
Comentei isso para minha filha, criada por pais ateus. Ficou me olhando com cara de espanto, para depois perguntar: "E quando mudou? Porque hoje só se falou de comida!"
Ela tem razão. Quinze pessoas passaram pela nossa casa e as conversas foram as de um feriado qualquer. O que vamos fazer para o jantar? Como podemos arrumar as mesas? (Ficamos entre duas propostas pesquisadas na rede. Acho que vai ser algo “inspirado” nessa imagem.)

Preparativos para sábado e domingo? Não, para hoje!. Lembrei então que também era dia de jejum para os adultos. Isso antes. Porque nessa Sexta-Feira Santa, é certo que terá camarão com leite de coco, arroz branco e salada de rúcula com tomate seco. Para terminar uma cassata de chocolate. A disputa ficou com o segundo prato quente: como fazer o bacalhau, cujo preço é um crime, segundo as cunhadas. E, por isso, tem que ser bem usado, segundo a minha sogra! (Depois que uma das noras gritou no ouvido dela qual era o valor do kg). Considerando que somos os únicos ateus da família, só posso achar bonita essa vivência religiosa!

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