Não posso usar esse termo estranho. Sentir vergolha através de atos de terceiros? Não, não é o caso. Estamos incluídas nisso, fazemos parte. Ainda que, lá no térreo, quem esteja roxa de tanto assoprar apito seja a Perua-Torta, infelizmente, para a sociedade, ELA me representa!
E lá vamos para mais uma greve que promete ser de ocupação! A programação já está sendo divulgada: canto, dança, malabarismo, representações dramáticas, leituras cômicas, show de música sertaneja e de pagode também. Com os intervalos recheados de discursos inflamados.
É nesses momentos que fecho os olhos e fico tentando responder: o que o sindicato faz com a minha contribuição?
Não fossemos nós trabalhores da Foster, teria uma resposta bem evidente nesse momento: fundo de greve, reserva para manter a categoria durante esse período difícil.
Só que, na Mansão Foster, tudo é mágico. Então, creio que a minha contribuição seja usada em algo mais ou menos assim: cartazes para divulgar toda a cultura que será oferecida à comunidade, mesas-de-som-e-didiei-especializado-em-sertanejo-universitário; passagem, estadia e cachê para pagodeiros e outros músicos especializados em subtipos de MPB; lonão e gente para armar as barracas...
E assim iremos, distribuindo alegria
e batendo na cara da sociedade:
Greve assim, tipo "open-bar", não é para quem quer, é para quem pode!
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