Confesso que, depois do embarque, uma certa nuvem de preocupação desceu sobre nós (os filhos). Não exatamente pela condição de nossa mãe, mas pelo que vimos no conjunto. A primimeira frase do meu irmão saindo do aeroporto:" Não sei porque! Mas lembrei do exército de Brancaleone!" Não estava sendo irônico. Meu irmão é assim, não sabe fazer piada. Pode-se dizer que é ingênuo. Ele percebe, mas não consegue entender ou explicar. Só percebe. Tive que conter o riso. Não era situação para deboche! Mas não resisti e desfiz a confusão: Monty Python and the Holy Grail. Esse era o filme!
Nossa mãe entrou em um avião com uma guia claudicante e mais trinta e quatro colegas de excursão. Dois deles estão visivelmente afetados pelo Mal de Alzheimer, embora as famílias neguem. Há também dois cardiopatas, uma diabética insulino-dependente e três surdos com aparelhos auditivos que, segundo eles mesmos, funcionam mais ou menos. Os outros? Idosos normais, como a minha mãe. Foi isso que me deu medo! Fé tivesse, teria começado a rezar!
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