terça-feira, 31 de março de 2009

O-cu-da-jia

Não sou pessoa criativa.
Não tenho a menor habilidade para artes plásticas, sou um desastre até com artesanato. Se de mim dependesse colocar um monumento na entrada da instituição, seria um menir.
Pobre na forma? Sim! Seria minimalista, mas digno.
Seria sólido e em pedra nobre.
Tal obra lesse quem quisesse, como pudesse!
Não precisaria de explicação.
Não seria uma composição de azulejos quebrados, lembrando piso revestido com sobras de lajotas. (O revestimento barato do cantinho do tanque da casa da minha avó! Lá se explicava pela economia. Mas, e esse aqui? Quantas mil explicações terá!)

Continuo com Zeca Baleiro, na maior identificação:
"Minha mãe certa vez disse-me um dia,/ Vendo minha obra exposta na galeria,/ "Meu filho, isso é mais estranho que o cu da jia / E muito mais feio que um hipopótamo insone"

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