domingo, 8 de março de 2009

Boi da Cara Preta? Tutu Marambá? Eles têm medo de mim!

Saí faceirinha para a caminhada. Brisa fresca, tarde nublada, tudo agradabilíssimo. Até a curva. Lá, o cão. Animalzinho mais para pequeno que médio, sentado na beira do asfalto, com aquela cara "por aqui ninguém passa". Ainda não dava para ver, mas eu podia imaginar o restante do cenário: atrás dele o portão aberto e o dono, sentado numa cadeira de praia tomando mate, na sombra de um cinamomo.

Seria atacada pela quarta vez? Nas três outras, atravessei a estrada (bem antes da casa) e, mesmo assim, o valentão veio para as minhas pernas. Acho que andei uns dez metros a baixo de grito e sapateado: Sai! Toca pra casa! Sério. Fique com o pé doendo de tanto bater no chão para espantar o bicho.

E o dono?
Refestelado na cadeirinha, assisitindo a cena, e muito educadamente me desejou bom dia! Três dias seguidos seguidos!

Hoje não foi assim. Ao ver o animal, tive uma súbita inspiração. Passei a mão em um galho de estremosa, bem grossinho, e segui. A maldade já havia me invadido! Tirei as folhas enquanto andava e não atravessei a estrada. Não deu outra. O cão, mal me viu, veio... Poderoso!

Foi lindo!
Digno da coreografia do Tigre e o Dragão.
No melhor estilo Clã das Adagas Voadoras. Puro Kung Fu ornamental.
Acertei três varadas no bicho, antes que ele se desse conta. O susto foi tão grande que ele só conseguiu gritar quando já estava chegando em casa!

E o dono?
Quando viu meu desempenho, provando que é homem ajuizado, passou a mão na garrafa térmica, juntou com a cadeira e, tão depressa quanto o cão, foi para os fundos da casa. Mas, com certeza, ainda conseguiu ouvir o meu cordial - Boa tarde, seu Murilo!

Na volta, o cão estava deitado na frente da casa, o portão continuava aberto, mas nem uma orelha ele mexeu!

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