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Não é nenhum mistério, eu sei bem onde foi. No primeiro dia, no segundo, no terceiro e assim por diante. A ideia de tempo infinito, dias e dias em casa, com a promessa sagrada de que não me envolveria em trabalho. A liberdade de ficar sem relógio. A minha incrível capacidade de procrastinar. O meu otimismo inabalável - se não deu tempo hoje, amanhã dará! Acreditar que, de alguma forma, o dia de amanhã terá mais horas...
Não posso reclamar muito. Desconsiderando a parte final, foi divertido. Esse foi outro problema! Uma caixa fechada, há cinco ou seis anos, traz boas surpresas. Por que não dedicar-se a essas recordações? Uma resposta sábia seria: porque está tudo fora do lugar e as coisas não se arrumam sozinhas.
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