O silêncio da tarde rompido por gritos que poderiam ser descritos como lancinantes. Literalmente pulei para a janela. Vinham lá de baixo, bem perto. A impressão era que alguém, uma mulher, estava sendo maltratada, espancada! Aos berros, a criatura repetia continuamente Não! Não! Não!... A cena que vi não foi de violência. Era pura demência. Não há outro nome para isso. Uma aluna, aproximadamente 25 aos, nem nova, nem velha, agarrada ao celular, gritando para (provavelmente) a caixa postal do namorado (provavelmente ex-namorado, depois desse show). Tal espetáculo, com dramaticidade maior que qualquer novela que já vi, durou quase cinco minutos, aconteceu no jardim interno. Quatro blocos de salas de aulas e escritórios voltados para esse jardim. Dezenas de pares de olhos postados nas vidraças. Alguns só ouvindo, sem ver... Teve gente que achou engraçado. Teve gente que justificou como "paixão cega". "Ah! Coisas do coração!" Falta de juízo, quando crescer passa. Não, loucura não passa. Tem que ser medicada!
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