Às dez da manhã, com um mau humor de cão atado, com a barra da calça colada com dupla face, com um ou dois grampos perdidos dentro da bota e com a certeza que uma perna estava mais comprida que a outra, eu me esforçava para aparentar que ouvia a história triste e longa (na verdade muuuuito mais longa que triste) da vida de uma aluna. Faz parte! Mas por que as pessoas imaginam que os relatos de suas vidas são empolgantes-interessantes-importantes para terceiros? Filha, tua vida não é novela! E se fosse eu não acompanhava! Vai logo para o "então eu ..." No meio dessa farsa assistencialista, (Enquanto eu pensava em: 1) tirar a bota esquerda para me livrar dos grampinhos, 2) pedir a fita dupla face emprestada de nov0, 3) ir ao banheiro e tirar a calça para refazer a barra, 4) mandar aquela criatura calar a boca e sumir da minha sala), chega a secretária com os olhos arregaladíssimos. (Só então me dei conta porque sempre achei a cara dela estranha. É praticamente um cão pequinês!) Sem bom dia ou com licença, olhou para mim e soltou bem depressa: A-vizinha-disse-que-a-tua-cozinha-tá-pegando-fogo!
Como eu saí do prédio? Não sei! Só não chamei os bombeiros porque imaginei que eles já estavam lá! Foi na última curva da estrada meus três neurônios fizeram sinapse. Lembrei do feijão e me acalmei. Sei bem como é: muita fumaça e pouco estrago! Tenho experiênciaS préviaS!!!
Como eu saí do prédio? Não sei! Só não chamei os bombeiros porque imaginei que eles já estavam lá! Foi na última curva da estrada meus três neurônios fizeram sinapse. Lembrei do feijão e me acalmei. Sei bem como é: muita fumaça e pouco estrago! Tenho experiênciaS préviaS!!!
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