sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Há diferentes formas de interpretar uma história

Ela estava muito feliz. Foi comprar velas aromáticas em uma loja de artesanato e foi reconhecida como alguém de muita luz! A dona da loja até perguntou se ela não era médium! Sim, porque espiritualizada ela devia ser. Não sei o que é ser "espiritualizada" e reconheço como alguém da luz, os homens da camionete que vem acionar o disjuntor do transformador ou desembaraçar os fios depois das frequentes tempestades que temos sofrido.
A explicação dela é a própria paz interior que experimenta nesse momento. A minha segue outras trilhas:
a) A mega-saia de batik em roxo e azul, acompanhada da bata de algodão e renda com um crucifixo pendurado no pescoço;
b) A cabeleira lisa e escorrida, sem corte, nem tinta - equivalente às das mais fundamentalistas Testemunhas de Jeová ou sei lá que outra religião;
c) A exaltação frente à preteleira de incenso e a leitura do mantra do dia fixado na parede;
d) Ter comprado cinco velas de aromas entre jasmim e erva cidreira com pesos que ultrapassam 300 gramas!
Precisa mais para ser reconhecida como uma pirada? Especialmente por uma esperta dona de loja?

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