sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Verde que te quiero verde ... (Com desculpas ao Sr. Lorca)



Verde que te quiero verde.
Verde viento. Verdes ramas.
El barco sobre la mar.
Y el caballo en la montaña.



Essa foi a primeira poesia em língua espanhola que li. Não entendi. Era pequena demais. Em idade e em compreensão do mundo. A guerra fraticida (Qual não é?) eu ignorava. Tragédias não existiam na minha vidinha de dez anos. Os versos famosos ficaram apenas associados ao nome García Lorca e ... à primavera. Foi minha leitura na época. Romance Sonámbulo era longo demais, dramático demais para uma leitura completa na sexta série. Muito mais tarde, quando conheci todo o poema, texto e contexto não puderam mais ser associados. O verde folha da primavera se sobrepunha a tudo. Apropriação indébita? Sim. A poesia tem isso. Minhas desculpas sinceras, Sr. Lorca, mas quando cheguei em caso e vi tudo vestido de verde novo, foi "Verde que te quiero verde" que recitei para o meu jardim. Inapropriado? É. Eu sei.

Nenhum comentário:

Postar um comentário