segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

Pouca empatia, entendi!

 Pela primeira vez fez eco na minha mente. Antes, como diriam os antigos, entrava por um ouvido e saía pelo outro. A felicidade verdadeira da colega ao se comparar com o Grêmio (ganhou nada de campeonato, mas não foi rebaixado) seria estranha (para mim) no ano passado (2023). Agora, entendo!

 Subitamente a empatia nasceu em mim? Não. Não foi repentino o surto de entendimento. O 'sorriso solidário' foi produto de uma construção longa. Foram meses vivenciando o limiar do território que ela ocupa há alguns anos.

Não cumprimentei a não-derrotada (não se pode chamar de vitoriosa apenas não ter perdido). Não festejei como as colegas o empate. Fiquei pensando em mim e em 2025. Vou chegar ao fim do ano pensando que manter o peso, mesmo querendo reduzir, é um bom resultado?

sábado, 11 de janeiro de 2025

Quem acreditou nisso?

 Aproximadamente 60%. Considerando a minha amostra de exatos 6 em 10, número total de pessoas com as quais conversei hoje.  Em uma "conversa de café", somente três colegas haviam percebido a idiotice da descrição apresentada ontem. Para os outros 6, tivemos que desenhar. A mão de obra escrava não era para saberes botânicos, era para cortar, arrastar, carregar para dentro dos navios...

O resultado final foi cinco na linha Nossa! É mesmo! Nem tinha percebido...

E ainda houve um comentário divergente - Mas também, no meio de tanta árvore, eles devem ter se confundido muito!

Sim, colega, sem dúvida.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

Todas têm tronco, galhos e folhas

 Fiquei pensando: de acordo com essa teoria, só  a sabedoria ancestral herdada de tataravós tupi-guaranis explica a nossa capacidade de diferenciar  um cinamomo e uma pitangueira. 

Como terminou eu não sei. Fiquei tão impressionada com a explicação, tão intrigada com a gênese da ideia que passei o resto do tempo elaborando possíveis respostas para a pergunta: como um adulto pode produzir teorias infantis? 

Se eu soubesse de antemão que o palestrante traria argumentos tão insólitos, costurando as práticas de escravidão e conhecimentos de botânica, teria sugerido que em agradecimento a tanto esforço para profeir bobagens ele ganhasse um exemplar do livro Árvores da Mata Atlântica. Talvez, mesmo que folhando descuidamente as páginas do livro, ele percebece que jacarandá, angico, jequetiba, cabreúva, cedro rosa não são semelhantes, nem entre si, nem com pau-brasil.  Não vou mencionar a sibipiruna, a única que é parecida, mas diferente (um Manuel qualquer saberia).

criativo como uma criança (não é elogio)

 Já estava desviando a mente quando os argumentos tomaram outro rumo. O palestrante-humorista tornou-se criativo e passou a contestar as explicações mais razoáveis apresentadas antes. A guinada na direção argumentativa veio acompanhada de uma descrição poética alucinada sobre " a estonteante diversidade" das plantas da mata atlântica, a "pequenez do conhecimento europeu" frente a nossa biodiversidade, a "incapacidade dos invasores em prever o clima", e por ai vai...

Resumindo a história, do modo como foi narrada nesse ano da graça de 2025: os portugueses precisavam dos habitantes da terra para literalmente encontrar o pau-brasil. 

Sim, mesmo sendo uma das espécies mais abundantes na mata, a ponto de ser usada para nomear a nova terra, ela não seria reconhecida pelos portugueses. Nem Joaquim, nem Manuel sabiam discernir que árvore era um ipê, qual era um cedro e qual era o pau-brasil! Não fossem os indígenas, teriam enchido os navios com troncos imprestáveis para o propósito original. Já imaginou o prejuízo?


Stand up com piadas de português, pode?

 Não achei graça, mas ri junto. (Não quero ser tão antipática no início do ano! Sou muito exigente? Elistista? Chata? Sim. Sim. Sim.)

Piada de português é algo antigo, achava que estava fora do padrão atual, relegadas ao anedotário brasileiro do século passado. 

Ah! A capacidade de renovação do humor simplório! 

Ocorreu que, depois de tentar fazer graça com anedotas sobre professores em sala de aula, o gracioso palestrante resolveu explorar a pouca capacidade de raciocínio dos colonizadores.  Foi assim que eu entendi, desviada que estava das ideias apresentadas. Admito que só ouvi um pouco e vários trechos de fala me escaparam.

Seja pela sandice que capturei quando voltei a prestar atenção, seja pela lentidão da internet, comecei a entender melhor o contexto da palestra.  Não era mais humor, a pessoa fazia uso da especilidade que tinha e da sabedoria que lhe era atribuída (não por mim). Falava sério,  era a parte 'técnica' da palestra.

Assim, sem tremer a voz, nem desviar os olhos da plateia, o gracioso proclamou que os portugueses precisavam dos indígenas para encontrar o pau-brasil. Tudo bem, aceita-se por verdadeiro que a mão de obra nativa era necessária, considerando as dificuldades das tarefas e o baixo número de portugueses disponíveis para as práticas extrativistas. 

Seria um final esperado, não tivesse tudo mudado de rumo.


Minha imaginação é limitada

 Achei que o momento máximo seria a apologia ao uso de fármacos. Em algum momento a mesa redonda foi assumindo formas variadas, se transfigurando em amebbóide. E temos mais um candidato ao prêmio "personalidade  do mês", categoria entretenimento fácil.

Não consegui decidir sobre o status do palestrante que veio depois do colega medicado. Ou está (mal) medicado ou é apenas meio abobado. E para ser justa na minha avaliação vou descontar o fato dele ter passado o microfone para a intérprete de libras, duas vezes.

Pensando na profecia clássica - de  onde vem um, virá outro, associada com a sabedoria popular  - de onde não tem, não se tira, fiz minhas apostas.

Sempre pode melhorar (ou piorar)

 Termina a fala de um que achei pouco ajuizado. Começa outra manifestação (Por que todos querem e insistem em falar?) . Na primeira frase do breve discurso, já temos material para muita reflexão. O palestrante assume que está medicado (automedicado, provavelmente?) Com uma mistura de satisfação e orgulho difícil de entender, afirma tomou a "pílula da felicidade" (Que m. é essa? O que eu estou fazendo aqui?)

Seja o que for, funciona, ele manifesta genuína alegria (não duvido disso) falando bobagens!

Que mais teremos hoje?

Não começamos bem ou todos estão bem demais.

 Tudo parece enquadrado, ajustado e em sintonia. Menos eu, nem sei mais do que estão falando. Perdida em divagações, deixei de escutar quando começou a fala do  Sr Palestrinha. 

Quem fala agora é meu colega mais novo. Rica criatura, diria minha avó. De fato, parece boa pessoa, mas quem não o conhece muito bem (meu caso) há de pensar que lhe falta um pouco de juízo.

 "Só nessa frase, quantos erros há?"

A pergunta não é minha, é de uma professora de português que acreditava na capacidade dos erros ensinarem. Lembrei dela quando voltei a ouvir quem se pronunciava. De modo simples e direto poderia dizer: Quem não conhece pensa que é louco!

E seria uma conclusão justa.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

2024 passou, joguei para o universo

 E mesmo dedicado à apenas compor a poeira estelar, caiu na minha mão. De novo? 

Talvez existe vida em outros planetas e com poderes para devolver enviados indesejados ...

Só faltou um cartão: Toma que é tua!

segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Com certeza, não vi tudo isso!

 Em frente a uma casa pequena, com paredes sem reboco, com as linhas tortas de tijolos mal colocados fazendo moldura, um casal sentado em cadeiras de praia. Apesar de ser dezembro, roupas sobrepostas como se estivesse frio. Casacos, mantas, gorro e boina, reunião de itens com aspecto desgastado, arranjados de modo impreciso. Chaleira entre as cadeiras, mate na mão dela, palheiro na dele. Compondo a cena 3 cães magrelos.

Eu vi tudo isso quando o carro passou às 6 e pouco da manhã pela casa? Ou já estava em mim essa imagem com tantos detalhes e eu só reconheci?

VIAJAR NA JANELA

Quando a gente viaja no banco do carona, há uma sensação de velocidade diferente. As casas passam mais rápido (Óbvio que não!), mas algumas ficam como fotos imaginárias.
Já passou um dia e ainda vejo (Na memória, só para ficar bem explicado.)  eles sentados na frente da casa, expondo a pobreza com tanta naturalidade. 
Quem ve a pobreza sou eu, sei disso. A estranheza da cena é apenas minha, o conceito de pobreza é meu. Só eu vi, ninguém mais. E se, na rápida passagem do carro pela rodovia, mais alguém tivesse registrado a casa e o casal? Duvido que  pensaria o mesmo.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

PENSAMENTOS ALEATÓRIOS SÃO IMPORTANTES?

Acho que sim..
Mas em alguns contextos,  eles podem ou não ter relevância.
Nesse ser e não ser, a dúvida é selecionar quais e quando serão expressos, porque nem tdodos devem ser igualmente valorizados. Deixei as roupas secando na rua e será que vai dar tempo de falar em ferroptose sãopensamentos diferentes.
Tem também as manifestações aleatórias da arte de expressar ausência de opinião válida
 Encontro inspiração cada vez que dobro uma esquina de corredor. Brotam em mim pensamentos variados, fora de qualquer eixo previsível. Desconexão com a vida cotidiana, profissional e mesmo com o plano terreno, fantasia ainda não registrada, Terra Média fica pequena, dependendo de que eu encontro.
O caminho até a sala de café é trajeto para pensamento aleatórios e ficar por lá é  epifania na certa!
É muita sorte nossa estarmos cercados por grandes mestres.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

Tenho talentos úteis! Habilidades e competências bem desenvolvidas!

 Voltando ao assunto. 

Visitas chegando, singela mensagem avisando estamos na curva da estrada, prepara o café!

Fiz café? Claro que não! Tinha muita coisa para esconder, foi o que eu fiz. Em menos de 20 minutos escondi o que era possível. 

Carro no portão, o marido na função 'prende-cachorro', eu olhando ao redor e concluíndo com satisfação: GEEENTE, EU SOU BOA NISSO! A casa parecia uma casa normal!

Hoje, nem me lembro do que foi desaparecido em gavetas, armários, caixas e cestos. Estou cheia de cuidados, evitando abrir desnecessariamente portas e tampas. Amanhã, talvez se precisar alguma coisa. Amanhã, se for o caso, vou procurar o que está escondido e nos reencontraremos com um 'oi sumido' e desejos de Feliz 2025.

Para além do caos, é possível ir?

 O que acontece nos feriados? As pessoas descansam! 

Especialmente as que vão para as casas dos outros!

Veio visita. Eram poucas pessoas, parentes que sempre esquecem de avisar, que se manifestam no portão tocando busina.

 A casa um caos, fica como? 

Qual é o termo para o lugar que vai para além do caos? 

 Casa da mãe Joana? Acho que não. Essa senhora, com esse nome antigo, deve ser uma criatura organizada! Tenho preconceito com nomes, sim. Ficaria desapontada se conhecesse  uma Joana bagunceira.

Voltando ao tema. Dizer que a casa ficou um caos dá a ideia de que foi algo especial, associado ao momento. Não foi, não é. Aqui o caos é o padrão.

Como se resolve o caos?

 Há alguns anos aceitei que ele não precisava ser resolvido, apenas abraçado. Desde então, eu abraço o caos, dou beijinhos e faço cafuné nele.

Tenho um caso antigo com o caos, desenvolvemos uma relação estável e duradoura, baseada em fidelidade e constância. Seja qual for a situação, bem mais e melhor que qualquer humano, ele não me abandona, nem me decepciona.