sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

Stand up com piadas de português, pode?

 Não achei graça, mas ri junto. (Não quero ser tão antipática no início do ano! Sou muito exigente? Elistista? Chata? Sim. Sim. Sim.)

Piada de português é algo antigo, achava que estava fora do padrão atual, relegadas ao anedotário brasileiro do século passado. 

Ah! A capacidade de renovação do humor simplório! 

Ocorreu que, depois de tentar fazer graça com anedotas sobre professores em sala de aula, o gracioso palestrante resolveu explorar a pouca capacidade de raciocínio dos colonizadores.  Foi assim que eu entendi, desviada que estava das ideias apresentadas. Admito que só ouvi um pouco e vários trechos de fala me escaparam.

Seja pela sandice que capturei quando voltei a prestar atenção, seja pela lentidão da internet, comecei a entender melhor o contexto da palestra.  Não era mais humor, a pessoa fazia uso da especilidade que tinha e da sabedoria que lhe era atribuída (não por mim). Falava sério,  era a parte 'técnica' da palestra.

Assim, sem tremer a voz, nem desviar os olhos da plateia, o gracioso proclamou que os portugueses precisavam dos indígenas para encontrar o pau-brasil. Tudo bem, aceita-se por verdadeiro que a mão de obra nativa era necessária, considerando as dificuldades das tarefas e o baixo número de portugueses disponíveis para as práticas extrativistas. 

Seria um final esperado, não tivesse tudo mudado de rumo.


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