Já estava desviando a mente quando os argumentos tomaram outro rumo. O palestrante-humorista tornou-se criativo e passou a contestar as explicações mais razoáveis apresentadas antes. A guinada na direção argumentativa veio acompanhada de uma descrição poética alucinada sobre " a estonteante diversidade" das plantas da mata atlântica, a "pequenez do conhecimento europeu" frente a nossa biodiversidade, a "incapacidade dos invasores em prever o clima", e por ai vai...
Resumindo a história, do modo como foi narrada nesse ano da graça de 2025: os portugueses precisavam dos habitantes da terra para literalmente encontrar o pau-brasil.
Sim, mesmo sendo uma das espécies mais abundantes na mata, a ponto de ser usada para nomear a nova terra, ela não seria reconhecida pelos portugueses. Nem Joaquim, nem Manuel sabiam discernir que árvore era um ipê, qual era um cedro e qual era o pau-brasil! Não fossem os indígenas, teriam enchido os navios com troncos imprestáveis para o propósito original. Já imaginou o prejuízo?
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