Faço o que nesses
momentos? Cara de salame, cara de paisagem, cara de papel de parede!
Como agora. Congelo na minha cara mais simpática e espero que se calem, que o assunto mude de rumo.
Argumentar o quê? Explicar o quê? Que já te conheço o suficiente para não querer saber mais?
É um bom argumento, reconheço! É o meu principal argumento. Já te vejo de segunda à sexta, das oito às dezoito, por que haveria de querer mais? É a frase que eu gostaria de dizer. Imagino o constrangimento da criatura ao ouvir isso. Cômico? Sim, mas sairia caro esse momento ímpar. Tanta sinceridade tem seu preço ...
Não, eu escolho as minhas batalhas e essa não será uma delas. O custo/benefício para provocar essa distensão tragicômica na minha malha de relações sociais não compensa. Sou uma contabilista nesses momentos.
Declarar desamor, desaplaudir ou tornar explícito "tua-vida-não-me-interessa" seria algo imperdoável para as minhas colegas. (Que por um bom tempo ainda terei que encontrar, de segunda à sexta, das oito às dezoito! Paciência.)
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