terça-feira, 31 de março de 2009
Meus padrões são elevados
Foi o assunto da tarde...
As pessoas ao meu redor chamam de mosaico!
Mosaico???
Ai! Lamento! Mosaico é o que os babilônicos faziam. Mosaico é o que revestia as piscinas romanas. Ah! O fascínio que me provocou aquele azul desmaiado, o peso da história humana depositada em pecinhas...
(Quero voltar ao Louvre. Quero voltar ao Louvre. Quero voltar ao Louvre.)
O-cu-da-jia
Não seria uma composição de azulejos quebrados, lembrando piso revestido com sobras de lajotas. (O revestimento barato do cantinho do tanque da casa da minha avó! Lá se explicava pela economia. Mas, e esse aqui? Quantas mil explicações terá!)
Continuo com Zeca Baleiro, na maior identificação:
"Minha mãe certa vez disse-me um dia,/ Vendo minha obra exposta na galeria,/ "Meu filho, isso é mais estranho que o cu da jia / E muito mais feio que um hipopótamo insone"
O mundo não acabou
Bienal (Composição: Zeca Baleiro / Zé Ramalho)
Desmaterializando a obra de arte do fim do milênio / Faço um quadro com moléculas de hidrogênio /Fios de pentelho de um velho armênio / Cuspe de mosca, pão dormido, asa de barata torta
Meu conceito parece, à primeira vista, / Um barrococó figurativo neo-expressionista / Com pitadas de arte nouveau pós-surrealista / calcado da revalorização da natureza morta
Saí para tomar café. Voltei pensando numa música do Zeca Baleiro. Encontrei a letra. Nunca tinha reparado que o Zé Ramalho estava junto. Ela se aplica ao que sinto.
Fiquei triste quando vi que as lonas iam ser retiradas. Depois de tanto tempo eu já considerava o ET quase como colega de trabalho. Mas bem que podiam ter deixado tudo ensacado! O troço é feio mesmo!
Feira de raridades
Como deveria estar em aula, decidi vadiar... Sentei e comecei a abrir várias coisas: cnbi, MIT, outras coisas de trabalho, e besteiras também - blog da elisa, shoeme (até mahjong). Esperando a primeira batidinha na porta. Sempre tem alguém "tô precisando", sempre tem "só queria" ... Pois não é que não veio ... São quase 9:30 e não tem "poblema" para resolver?
Acho que vou sair e ver se o mundo não acabou!
segunda-feira, 30 de março de 2009
Oscar Niemeyer nunca veio aqui
Desde janeiro, passo quatro vezes por dia frente a um “sabe-se-lá-o-que-será” que está sendo lentamente construído na entrada do meu local onde trabalho.
Não é uma obra tão grande assim, nem tão complicada. É uma coluna, ou pedestal, com uns quatro metros de altura, mais largo na base do que na parte superior. Em cima, foi posta uma estrutura arredondada, com mais ou menos dois metros de diâmetro, tendo duas projeções laterais. É dessa associação que deriva minha implicância.
Foi olhar e pronto! Passei a enxergar um cabeção. Tipo boneco do Carnaval de Olinda.
Para melhorar, resolveram “fazer mistério” sobre os detalhes de acabamento. Ensacaram o pedestal.
Não tem mais volta! Passo por aquilo e só penso em um ET com capa. Daqueles clássicos. Juro que dá vontade de plantar uma plaquinha ali: Vim em paz! Leve-me ao seu líder!
Em busca da sabedoria
Mas então meu cérebro funciona...Epa! Opa! Esse blog é de mulher para mulher! E é tudo tão, tão, tão óbvio!
Continuo lendo e me espanto com o comentário: "muito legal esse post Lu! vo economizar um baita diinherão de manicura"
Ah! Só pode ter sido criança! Alguém com mais de doze anos poderia fazer um comentário desses?
sexta-feira, 13 de março de 2009
Que perigo
quarta-feira, 11 de março de 2009
Jujubas ... Agora, eu gosto de todas!
segunda-feira, 9 de março de 2009
Desproblematizando a educação
domingo, 8 de março de 2009
Boi da Cara Preta? Tutu Marambá? Eles têm medo de mim!
Seria atacada pela quarta vez? Nas três outras, atravessei a estrada (bem antes da casa) e, mesmo assim, o valentão veio para as minhas pernas. Acho que andei uns dez metros a baixo de grito e sapateado: Sai! Toca pra casa! Sério. Fique com o pé doendo de tanto bater no chão para espantar o bicho.
E o dono?
Refestelado na cadeirinha, assisitindo a cena, e muito educadamente me desejou bom dia! Três dias seguidos seguidos!
Hoje não foi assim. Ao ver o animal, tive uma súbita inspiração. Passei a mão em um galho de estremosa, bem grossinho, e segui. A maldade já havia me invadido! Tirei as folhas enquanto andava e não atravessei a estrada. Não deu outra. O cão, mal me viu, veio... Poderoso!
Foi lindo!
E o dono?
Quando viu meu desempenho, provando que é homem ajuizado, passou a mão na garrafa térmica, juntou com a cadeira e, tão depressa quanto o cão, foi para os fundos da casa. Mas, com certeza, ainda conseguiu ouvir o meu cordial - Boa tarde, seu Murilo!
Na volta, o cão estava deitado na frente da casa, o portão continuava aberto, mas nem uma orelha ele mexeu!
sábado, 7 de março de 2009
Por que não te matas?
Respeito tanto que me irrita quando alguém resolve fazer dela um adereço. Olha como a dor me enfeita, valoriza! Não pareço nobre, tão sofredora assim? Vejam como sou sensível! Isso, que vós tolos mortais não percebeis, em mim provoca lacerações profundas! Minha alma chora ante o cotidiano!
As palavras não eram exatamente essas, mas não faria diferença.
Em uma segunda tentativa retomei o termo carpe diem para a primeira aula. Fui parar em um blog (um dos milhares!) que tem esse nome. Comecei então a despencar por entre postagens de uma literatura alucinada, triste, enigmática.
Teria mudado de blog muito rápido, não fosse a incongruência: o nome do blog é Carpe Diem e tem por objetivo " trazer temas sobre literatura, cinema e atualidades que enriqueçam o cotidiano" .
Ele é um entre vários. Fiz outras visitas através dos comentarios. Constituem uma comunidade, todos escrevem (alguns têm postagens quilométricas) e regularmente se visitam. A impressão é que formam um clubinho de literatura triste. O chá com suspiros de infelicidade e lamentos, acompanhado, é óbvio, de momentos para fortalecimento do ego (me elogias que te elogio em dobro!).
Tive que me lembrar das minhas colegas: Oi-Amiga! Que Linda! Oi-querida! Que elegância!
Nas respostas aos comentários, a saudação final da autora é Carpe Diem. Juro. Não entendi a escolha da expressão ! Terá sido pela sonoridade? Será manifestação humor cínico?(Duvido!)
quinta-feira, 5 de março de 2009
Espírito de luz despeitado
Às oito da manhã, quando as madrugadoras já estavam de café na mão, desfrutando os últimos minutos de inatividade matinal, nosso Espírito de Luz chega. Sem bom dia ou como foi a noite, interrompeu a conversinha morna para pedir uma confirmação. Não, gente! Vejam bem e me digam se eu não preciso de uma plástica de mama! Gente, eu não tenho peito! Tô cansada de usar enchimento... Dava para sentir no silêncio da sala os Hã?! Hein?! Aff!! e outras manifestações interiores similares!
Acha que foi suficiente? Não. Ela não parou por aí. Diante do silêncio constrangido/entediado, Espírito de Luz resolve fornecer prova inquestionável: levanta a camiseta e mostra os peitos, ou melhor a ausência deles!
De fato. Ela tem menos peito que qualquer outra que já conheci. Só que:
1) ela tem 50 anos, ou seja, ela passou pelo menos 35 anos despeitada! Agora do nada que airbags ativados!
2) por aqui passa um monte de gente... Já imaginou tentar explicar para aluno porque a "pro" tá de teta de fora na sala do café?
3) ela também não tem bunda! E se ela se der conta disso?
quarta-feira, 4 de março de 2009
É para dar colo ou encher de pancada?
Das mais diversas áreas.
Conheço centenas (sem exagero) de sites, páginas e portais de professores/pesquisadores. Lindos, úteis, organizados .
De dar inveja! Tudo muito profissional.
Já os blogs...
terça-feira, 3 de março de 2009
A arte de elogiar
Entre elas tudo bem. Não tenho nada com isso. Só acho graça!
Oooooi amiiiga! Que linda!. Tá luminosa hoje!! (Só se for a pele oleosa!!)
Ahhh! Brigada amiga! Cê também, né? Tá podendo! (Podendo iniciar uma dieta!)
Mas comigo!?! Aff!!!
Tem cabimento?
Cortei o cabelo ontem. Hoje é chuva caindo, sem intervalo!
Quando acordei já estava faltando luz.
Tomei banho frio e sequei o cabelo só na toalha!
E daí?
Daí que o meu cabelo é rebelde, ondulado opiniático!
Cada meia duzia de fios toma seu próprio rumo.
E qual é o resultado da associação:
corte recente+falta de secador+dia de chuva?
É o cabelo da Madame Mim!
(Aquela bruxa gorda/escabelada da Espada e a Lei, do Walt Disney.)
E euzinha, sustentando uma releitura de cauda de tamanduá bandeira sobre o crânio, tenho que ouvir: Ahhh! Que bem que ficou teu cabelo! Ameeeeiiii!!!
segunda-feira, 2 de março de 2009
Sou do Lar! (Só por enquanto! Isso dura pouco!)
Essa animação doméstica só pode ser explicada por flutuações hormonais. 90,9% do meu tempo não é dedicado a faina do lar. Por que? Não gosto. Não me atrai.
Mas, de um momento para outro, liga um circuito que me impele a fazer comida, arrumar armário e tudo mais que se possa imaginar. Viro mulher prendada!
São esses raros momentos que impedem que a casa naufrague!
Meu panda-marido também é assim.
Inerte até que começa a pintar, parafusar, cavar ...
Estou nessa fase. Dá bons resultados!
A geléia de ameixas chilenas, vermelhíssima, encheu três vidros!
Um estoque para o inverno?
Acho que não. Na velocidade que estou consumindo iogurte com geléia, panqueca com geléia, geléia com geléia ...
O próximo surto terá que vir mais cedo!
Meu momento Eli Stone
Chego às 8:00, caneca de café na mão.
Momento de confraternização: assunto férias!
Felizmente havia uma tagarela de plantão...
Descrição sumária:
Físico - mulher; 40 anos; altura 1,60m; peso aproximado 55 k;
Indumentária típica: jeans bordado ou com tachas ou com cristais ou com lantejoulas ou tudo isso junto + camisete de cetim;
O mais bizarro - as extremidades: nos pés sempre scarpins, na mesma cor da blusa (Como assim? Ela compra branco e manda pintar!)
O cabelo ... Lembra a Maga Patalógica? É igual. Franjão, pretíssimo e liso.
Comportamento: fala e age como uma menina de seis anos que está tentando obter alguma vantagem de um adulto.
Qual o tema da narrativa? Congresso de janeiro, em capital nordestina.
Papo técnico-científico? Palestras interessantes?
Nããão!
O relato da festa que rolou no encerramento.
“Buátchhh” da moda!!!
Tão cara e requisitada que a organização do evento não conseguiu “fechar a casa”. (Mas conseguiram descontos generosos para o bundalelê!)
E eu ouvindo isso, com cara de mormaço, bebericando café!
Ela começa a descrever o rapaz que chegou nela e a levou para a pista: alto, bronzeado, sarado, parecendo o Beeeeckham e excelente dançarino!
O mulherio enlouqueceu!
Detalhes! Detalhes! Os detalhos sórdidos que se apresentem!
(Aff!)
Mas então a história melhora.
Ela fica meio murcha, contrastando com o entusiasmo da platéia, e diz que terminou ali. Por que? Sim! Até eu queria saber!
Ah! A gente foi para o bar e ele me disse que a hora dele era cinqüenta reais!
Juro! Quase cuspi em todo mundo!
A gargalhada se afogou no café.
Meu cérebro se deliciava com três imagens simultâneas.
Cena 1(pista de dança): A Patalógica, toda montada para balada (brilhos e brilhos), se acabando na pista de dança com o Beckham caboclo e pensando:
Cena 2 (bar): Como? Não entendiiii! Eiiii! Ooooi! Onde cê vaaaiiiii?
Cena 3 (mesa do grupinho): Alguém com uma caneta e uma pilha de guardanapos, desenhando para a mocréia a explicação do acontecido.
OBS.: As duas primeiras cenas são pura imaginação. A terceira deve ter acontecido mesmo! Afinal, ela soube nos explicar direitinho o que o Beckham caboclo fazia lá!
Pode não ser uma diva - mas é uma musa!
Agora, mais desperta, digamos assim, li outras postagens.
É bom mesmo. Chega a ser inspirador!
Naveguei pelos blogs “perseguidos”.
Também gostei.
Tem alguns úteis, tem outros que são “cutty-cutty”. E há os que são adoravelmente fúteis.
Descobri assim o mundo dos blogs doméstico/crafter/mulherzinha.
As minhas leituras na rede sempre foram de sites.
O “universo blog” invadiu minhas noites nessas férias.
Nunca tinha dado atenção para esse recurso.
Comecei buscando informação sobre um filme, descobri que
literatura e cinema são quase a mesma coisa!
Quem faz um, fala do outro!
No início, só ia dando uma olhada e passava para o próximo.
Só que no fim de fevereiro virei uma crítica impiedosa.
Surgia o blog na minha tela e:
Hummm.. A figura é bonita, mas porque não tem crédito?
Será que além de escrever a mocinha também é artista plástica?
Foi minha primeira implicância.
As criaturas enfeitam suas postagens com imagens alheias e nem mencionam isso.
Mas vai alguém pegar um pedaço de texto deles e associar a uma imagem... Duvido que gostem!
A partir de então, comecei a enxergar e valorizar mais o que há de mau, torto, esquisito e tosco.
Como é bom reclamar dos blogs alheios!
Mas sou justa. Quando encontro algo que satisfaz meus critérios, não poupo elogios!
domingo, 1 de março de 2009
Carpe diem
Ia ser para me acharem louca, além da conta!
Mas que seria bom, seria!
(Que os vizinhos vão pensar? E minha mãe? Merece esse desgosto? E minha filha? Essa, pelo menos, terá uma boa explicação, caso se torne uma desajustada: Também! Coitada! A mãe não era bem certa...)
Como não tive coragem, fiquei aqui, com a internet lenta, leeenta, leeeeenta....
Baixando figuras para aula. Adoro!
Desisti também do "carpe diem".
Achei tanta besteira associada a essa expressão que me tapei de nojo!
Afff!!!
Não há Horácio que salve!
Coisa de criança ...
Bem quietinha!
Meu panda está muito concentrado em um artigo.
E eu?
Fazendo posse de que trabalho e escrevendo bobagens aqui!
Recupero assim aquela sensação remota da infância. (Olha! Como estou nostálgica hoje!)
Aquilo que sentia quando estava espiando sem ser vista.
Ou, melhor ainda, aprontando e com a certeza de que não seria pega.
O crime perfeito!
Para todos os efeitos, estou preparando aula!
Não deixa de ser verdade. Já escolhi o tema para a abertura do semestre: carpe diem.
Falta agora encontrar as referências.
Será mesmo Horácio? ( Sim, porque o Boticário não serve, né?)
Nunca mais fecharei essa janela! Postagens serão eternas!
A cada minuto: agora cocei a perna; vou tomar água, agora ...
Lembrete: quando escrevi isso tinha tomado uma caipirinha e duas latas de cerveja! O que é suficiente para derrotar as poucas idéias sensatas que apareceram depois do almoço.
A felicidade alheia ou como mandar a própria mãe ficar quieta
Almoço terminado, aquela preguiça se instalando e....
Minha mãe cantando!
Cantando não. Dizer que isso é cantar é ofensa ao mundo da música.
Se for assim meu cavalo também canta!
Bastou ela enxergar, na sacola do lixo, a ponta da fita que prendia o crachá do Cirque de Soleil.
A todo pulmão iniciou uma imitação tosca do que ela imagina ter sido uma das músicas do espetáculo.
Dai-me paciência...
Se fosse uma das cachorras, eu dava um grito: Fica quieta!
Se não parasse eu prendia no lavabo!
Mas posso fazer isso com a provecta senhora?
Quase oitenta! Quem diria? Não parece!
Como é alegre!
(Só eu sei o que é segurar tanta animação ...)
Bom não mandar calar não posso, mas posso deixar mais felizinha!!!
Vou abrir uma latinha de cerveja preta.
Ela adora e com há uma dupla vantagem: vai ocupar a boca e vai dar soninho...
Sou má?
Um pouquinho.
Quero rapar o mundo!
Justo nessa fase "rainha do lar" ganho um pão-duro novo,
de silicone rosa,
da minha mãe!
Por que ela não é sempre assim?
Para comemorar vou fazer uma torre de panquecas!
Os duendes nunca me visitam!
olhei para minha cozinha e lembrei de um conto de fadas.
Nunca foi dos meus preferidos na infância.
Hoje, definitivamente, seria o eleito!
Um sapateiro, homem honesto e trabalhador, tem sua oficina visitada por duendes.
Todas as noites.
Eles concluíam com rapidez e competência as tarefas que o sapateiro deixava para o dia seguinte. O resto eu não lembro! (Nem vou me dar ao trabalho de procurar!).
Por que a minha louça suja nunca aparece limpa?
Acho que falta magia no nosso cotidiano.
E um pouco de colaboração também!
Por que eu na pia e o outro lendo esborrachado no sofá?
Vou terminar de tomar meu café e convocar o marido.
Não é um duende, mas funciona.
A estratégia é bem simples:)
Mooor! Lava a louça que eu vou dar banho no cachorro!
(Ele detesta dar banho no cachorro. Vai limpar a cozinha achando lucro!)